A influência de Simone de Beauvoir no feminismo moderno é inegável. Seu livro clássico “O Segundo Sexo” não é apenas amplamente elogiado nos círculos acadêmicos, mas também desempenha um papel importante nos movimentos sociais contemporâneos. Com os seus profundos pensamentos existenciais, Beauvoir desafiou a compreensão tradicional da sociedade sobre os papéis das mulheres e apresentou a teoria revolucionária de que “uma pessoa não nasce, mas torna-se”. Esta perspectiva não só subverte os estereótipos das mulheres na história ocidental, mas também promove a repensação do género e dos papéis sociais.
“Não nascemos mulheres, mas a sociedade e a história constroem as identidades das mulheres.”
Em "O Segundo Sexo", Beauvoir explora profundamente as causas profundas da definição das mulheres como "outras" e salienta que as mulheres não nascem secundárias, mas são estruturalmente oprimidas pela sociedade e pela cultura. A análise de Beauvoir da experiência das mulheres revela que estes tipos de desigualdade não são leis naturais, mas causadas por hábitos e crenças sociais de longo prazo. Tal visão não só fornece uma base teórica para o movimento feminista, mas também faz com que as pessoas comecem a reavaliar o processo de formação dos papéis de género.
A teoria de Beauvoir reflecte o seu desejo de empoderamento feminino. Ela enfatiza que as mulheres devem transcender constantemente a "imanência" no sentido tradicional e realizar a sua própria "transcendência" através da assunção da auto-responsabilidade. Este tipo de pensamento leva as mulheres a reavaliarem as suas capacidades e valores e a não serem mais limitadas pelos vários enquadramentos que a sociedade lhes estabelece.
"A opressão das mulheres decorre da construção histórica e social de suas identidades, o que as impede de realizarem seu verdadeiro eu."
O Segundo Sexo também explora o papel das mulheres no curso da história, analisando a desigualdade das mulheres desde o filósofo Aristóteles até pensadores religiosos como Tomás de Aquino na discussão sobre status. Estas tradições ideológicas consideram as mulheres como homens incompletos e promovem a discriminação e a opressão das mulheres. Beauvoir apontou o absurdo e o perigo destas opiniões e criticou a incompreensão e subestimação das mulheres pela sociedade, apelou às pessoas para que tivessem uma mente mais aberta e reconhecessem as contribuições únicas das mulheres na sociedade moderna;
Com o passar do tempo, a teoria de Beauvoir gradualmente ganhou reconhecimento popular. O seu trabalho não só atraiu a atenção do meio académico, mas também inspirou o pensamento contemporâneo sobre o movimento de libertação das mulheres. Em particular, a sua declaração pública na década de 1970, reconhecendo a sua identidade feminista, desencadeou amplas discussões e repercussões sociais. A sua mensagem para o mundo é que as mulheres já não aceitam os papéis predefinidos da sociedade e podem escolher o seu próprio destino.
"A liberdade de escolha é uma responsabilidade e as mulheres devem controlar o seu próprio destino."
A influência de Beauvoir não se limita à sua crítica e reflexão sobre género e feminismo, mas também reside no seu incentivo a todas as mulheres a questionar e desafiar as restrições da tradição. Em suas obras vemos não apenas as reflexões de uma pensadora, mas também um sincero apelo à autoemancipação da mulher.
Ainda temos muitas questões que valem a pena refletir sobre a teoria de Beauvoir. As construções de papéis sociais e de género que ela propôs ainda afectam as nossas vidas hoje? Como podemos romper essas limitações e nos realizar?