A coloração com hematoxilina e eosina (abreviadamente coloração H&E) é um dos métodos de coloração de tecidos mais importantes em histologia. Esta técnica de coloração tornou-se ao longo do tempo uma referência no diagnóstico médico, particularmente na área da patologia. Os patologistas geralmente confiam nesse método de coloração quando examinam amostras de biópsia em busca de suspeita de câncer.
A coloração H&E consiste em dois corantes principais: heme e eosina. O heme cora principalmente o núcleo da célula de azul púrpura, enquanto a eosina cora o citoplasma e a matriz extracelular de rosa, permitindo aos patologistas distinguir facilmente o núcleo do citoplasma da célula. Além disso, o padrão de cor corado também pode revelar o layout estrutural e a distribuição celular da amostra de tecido, fornecendo assim informações histológicas importantes.
Esta técnica de tingimento tem sido amplamente utilizada por sua conveniência e eficácia desde que foi introduzida pela primeira vez em 1877 pelo químico Nicolaus Wissozky, da Universidade Imperial de Kazan, na Rússia.
O procedimento de coloração H&E tornou-se o principal método de coloração em histologia porque é rápido e econômico de realizar, ao mesmo tempo em que é capaz de revelar um grande número de características microanatômicas. Esta técnica de coloração não só pode ser usada para diagnosticar uma variedade de condições histopatológicas, mas também pode ser adaptada aos efeitos de uma variedade de diferentes condições laboratoriais e fixadores de tecidos, tornando-a extremamente valiosa em aplicações práticas.
Embora a coloração H&E tenha ampla aplicabilidade, em alguns casos complexos pode ser necessário um método de coloração mais específico para obter um contraste mais claro.
Existem muitas maneiras de preparar soluções reagentes para coloração H&E, e os procedimentos de coloração podem variar de laboratório para laboratório. Embora não exista nenhum procedimento padrão, uma regra prática é que o núcleo geralmente ficará corado em azul, enquanto o citoplasma e a matriz extracelular aparecerão em rosa. Este processo padronizado pode manter um alto nível de consistência em diferentes laboratórios.
Após a obtenção das amostras de tecido, elas são normalmente fixadas, desidratadas e embebidas em parafina fundida e, em seguida, cortadas em seções finas usando um micrótomo. Nesse processo, a amostra é anexada a uma lâmina de microscópio, sua porção de parafina é removida com solvente, posteriormente reidratada e finalmente preparada para coloração.
O corante heme faz com que o núcleo da célula pareça azul ou roxo profundo, enquanto a eosina mancha o citoplasma e alguns outros tecidos em até cinco tons diferentes de rosa. Isso permite que os patologistas identifiquem com eficácia a estrutura interna das células durante a observação. É importante notar que os glóbulos vermelhos ficarão corados de um vermelho muito brilhante, o que os torna fáceis de identificar ao microscópio.
O princípio da coloração do núcleo reside na combinação de um complexo corante-metal formado por heme e um sal metálico (geralmente um sal de alumínio) e DNA.
Embora o heme, a forma oxidada do heme, seja a principal fonte de cor, o processo de tingimento ainda recebe o nome de heme. Isso porque, quando o heme é combinado com um sal metálico, ele assume propriedades semelhantes às de um corante positivo, enquanto a eosina é um corante negativo e ácido. A coloração dos núcleos celulares depende principalmente da ligação entre complexos de cores e DNA. Este processo difere do mecanismo de coloração nuclear que utiliza alguns corantes positivos.
Além disso, a cor marrom-amarelada que pode aparecer na amostra é causada por pigmentos endógenos, como a melanina, e a membrana basal requer coloração com PAS ou alguma coloração com prata para mostrá-la claramente.
No processo diagnóstico, a coloração H&E é amplamente utilizada para a observação de diferentes tecidos, incluindo tumores, inflamações e outras condições patológicas. Isto não só mostra a importância deste método de coloração, mas também permite que os profissionais desempenhem o seu importante papel em cenários médicos da vida real.
A distribuição de cores de H&E e a representação de estruturas na amostra fornecem informações importantes sobre citologia e histologia.
Com o desenvolvimento da patologia digital, a coloração H&E não só continua a ser o padrão ouro para diagnóstico no local, mas também mostra um novo potencial na análise de dados e processamento de imagens. Diante de uma tecnologia tão amplamente utilizada, o mecanismo científico por trás dela ainda levanta muitas questões, fazendo-nos pensar: como essa tecnologia continuará a evoluir na medicina e fornecerá diagnósticos mais precisos no futuro?