À medida que o surto de COVID-19 continua a se espalhar pelo mundo, os cientistas estão concentrando sua atenção nas novas variantes do vírus. A variante Alfa (B.1.1.7) é um exemplo notável. A variante foi descoberta pela primeira vez em dezembro de 2020 e rapidamente atraiu a atenção global. A combinação genética e as mutações por trás dela não apenas causaram um aumento repentino na velocidade de transmissão, mas também representaram desafios para as medidas de prevenção e controle contra essa variante.
Acredita-se que a variante Alfa seja de 40% a 80% mais contagiosa do que o novo coronavírus tradicional, e esse número foi estimado em até 100% nos estágios iniciais da epidemia.
Em dezembro de 2020, testes genéticos no Reino Unido mostraram que a variante estava se espalhando rapidamente na região de Kent e estava intimamente relacionada ao aumento da epidemia ali. Em janeiro de 2021, os resultados do sequenciamento genético no Reino Unido mostraram que mais da metade das novas amostras de coronavírus eram variantes Alfa, levando os cientistas a se perguntarem se há outras variantes importantes ao redor do mundo que também não foram detectadas.
"É provável que quase todas as variantes tenham efeitos mutacionais diferentes que podem alterar sua transmissão, patogenicidade e até mesmo resposta às vacinas."
A combinação genética da variante Alfa contém 23 mutações, que não apenas afetam a estrutura proteica do vírus, mas também promovem o aumento da infecção. Mutações particularmente proeminentes são N501Y e E484K, ambas as quais demonstraram alterar a capacidade do vírus de se ligar a receptores de células humanas, aumentando assim a contagiosidade da variante.
A pesquisa também indica que os sintomas da variante Alfa são mais diversos do que as variantes anteriores. Uma pesquisa do Imperial College do Reino Unido mostra que, além da febre e tosse comuns, pessoas infectadas geralmente apresentam sintomas como dores musculares, dor de cabeça e perda de apetite.
"Todos os sintomas emergentes que estamos observando mostram diferenças claras entre as novas variantes e as cepas anteriores do vírus."
À medida que as variantes se espalham, os métodos de diagnóstico também enfrentam desafios. Muitos testes rápidos de antígeno ainda são capazes de detectar a variante Alfa, mas os cientistas enfatizam que a precisão diagnóstica total requer o suporte do sequenciamento genômico. Isto é particularmente importante dada a rápida disseminação do vírus e sua crescente taxa de mutação.
Quanto à eficácia das vacinas existentes, embora os dados iniciais tenham mostrado que a proteção da vacina contra a variante Alfa não diminuiu significativamente, os principais fabricantes de vacinas ainda estão monitorando de perto a eficácia da vacina à medida que surgem mutações mais complexas.
"O desenvolvimento e a adaptação contínuos de vacinas são essenciais para responder às variantes, especialmente devido aos desafios impostos pelas cepas mutantes."
Ao mesmo tempo em que nos protegemos contra o novo coronavírus, também devemos nos esforçar para entender as razões por trás da mutação do vírus, a fim de considerar possíveis estratégias de resposta no futuro. A rápida disseminação da variante Alfa e as mudanças nos sintomas que ela causa, sem dúvida, nos lembram mais uma vez que o vírus não é apenas um problema de saúde, mas também um desafio que toda a humanidade precisa enfrentar em conjunto.
À medida que os cientistas conduzem pesquisas aprofundadas sobre essas variantes, seremos capazes de realmente encontrar soluções eficazes para essas mutações e controlar a epidemia no futuro?