Um milagre tecnológico da Segunda Guerra Mundial: como o radar H2S permitiu que os bombardeiros navegassem no escuro?

Nas chamas da Segunda Guerra Mundial, os avanços na ciência e na tecnologia muitas vezes determinaram a direção da guerra. Entre eles, o surgimento do sistema de radar H2S é, sem dúvida, um avanço importante para ajudar os bombardeiros da Força Aérea Real a navegar no escuro. O sistema de radar H2S é o primeiro sistema de radar de varredura terrestre aerotransportado, o que sem dúvida é de importância histórica para missões de bombardeio à noite e em condições climáticas adversas.

O radar H2S pode identificar com precisão alvos terrestres em um alcance de até 350 quilômetros, o que excede em muito o sistema de auxílio à navegação por rádio da época.

Desde 1943, o sistema H2S foi oficialmente colocado em uso, permitindo que a Força Aérea Britânica realizasse ataques de precisão em todas as condições climáticas. Seu desenvolvimento começou em 1941, quando experimentos descobriram que diferentes objetos tinham diferentes sinais de eco de radar, permitindo que aeronaves navegassem no céu noturno usando radar e identificassem marcos terrestres e alvos. O protótipo inicial do H2S foi testado em 1942 e mostrou que o radar era capaz de produzir um mapa da área abaixo de uma aeronave.

O sistema de radar H2S original era chamado de BN (Blind Navigation), que logo foi alterado para H2S. A origem desse nome ainda é controversa. Alguns dizem que significa "Altura até a Inclinação", outros acham que significa "Lar Doce Lar". Curiosamente, o nome também está relacionado ao hidrossulfato (H2S), pois os inventores descobriram que apontar o radar para o solo poderia abrir novos usos para o rastreamento terrestre, e esse "fedor" veio de sua falta de pensamento inicial.

Em 1943, quando a resolução do H2S era insuficiente para escanear grandes cidades, o desenvolvimento do H2S Mk. III começou.

O histórico de desenvolvimento do H2S deve ser rastreado até as missões iniciais de bombardeio noturno da Força Aérea Real durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, de acordo com o Relatório Butt, a maioria das bombas não atingiu seus alvos com precisão, o que levou os comandantes a pensar em como melhorar a precisão dos ataques noturnos. Com o avanço da tecnologia de radar, a pesquisa e o desenvolvimento do H2S começaram a acelerar em 1941. O magnetron de cavidade, um tubo de vácuo de micro-ondas desenvolvido por John Randall e Harry Booth na Universidade de Birmingham, forneceu a base técnica necessária para este sistema.

No início de 1942, uma nova equipe foi formada no Technical Establishment of Aviation Electronics (TRE) no Reino Unido para desenvolver um radar de banda S baseado em AIS. O sistema H2S foi testado pela primeira vez no bombardeiro Halifax e, à medida que os experimentos progrediam, a tecnologia foi considerada como tendo potencial suficiente e entrou em produção.

Durante sua primeira implantação de combate, o H2S auxiliou com sucesso os bombardeiros na execução de muitas missões importantes durante a guerra.

Com o H2S agora em serviço, a RAF demonstrou sua eficácia em inúmeras missões de bombardeio ao longo de 1943. Durante a Operação Gomorra em Hamburgo, o H2S ajudou o exército britânico a localizar alvos com sucesso e o efeito do bombardeio foi bom. Entretanto, a operação real do H2S também levou a Força Aérea Alemã a começar a responder desenvolvendo o detector de radar FuG 350 Naxos para combater a assinatura operacional do H2S.

O motivo é que o desenvolvimento e a aplicação do H2S foram cheios de desafios técnicos e dificuldades militares durante a guerra. Embora as contramedidas alemãs aumentassem o risco do uso de H2S, seu eventual desenvolvimento e emprego ainda garantiram sua importância no campo de batalha. Após o fim da guerra, o sistema H2S continuou a servir até a Guerra das Malvinas em 1982, mostrando a durabilidade e a influência de sua tecnologia.

O avanço da ciência e da tecnologia desempenhou um papel vital na guerra, mas que aplicações revolucionárias da ciência e da tecnologia surgirão em guerras futuras para mudar a face da guerra?

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