Quando pensamos na tragédia da sobreexploração, muitos podem pensar no esgotamento dos recursos naturais, no esgotamento das fontes de água ou no colapso da pesca. Por trás destas situações está o uso irresponsável de recursos comuns pelos seres humanos na prossecução de interesses de curto prazo. Esta utilização excessiva de recursos limitados não afecta apenas a qualidade de vida da geração actual, mas também causa danos duradouros ao ambiente de vida futuro.
"A liberdade em um ambiente de recursos compartilhados acabará por levar à destruição de todos."
O conceito de superexploração origina-se da “tragédia do recurso comum”. Esta teoria foi proposta pela primeira vez pelo ecologista Garrett Hardin em 1968. Seu artigo apontou que com acesso irrestrito a recursos limitados, eventualmente todos sofrem perdas. Quando todos continuarem a perseguir os seus próprios interesses a curto prazo, os recursos globais sofrerão danos irreparáveis.
Embora o conceito de recursos comuns seja amplamente discutido na economia moderna, na verdade, na Grécia antiga, Aristóteles mencionou uma vez que “muitas vezes as coisas comuns não são devidamente cuidadas”. Isto porque, na ausência de gestão e de restrições, qualquer pessoa pode utilizar os recursos partilhados à vontade, mas não investirá espontaneamente esforços para manter esses recursos. Isto resulta na utilização excessiva de recursos, levando eventualmente à tragédia do esgotamento dos recursos.
O conceito está a evoluir hoje, à medida que a sociedade moderna enfrenta numerosos desafios semelhantes, incluindo escassez de água, desflorestação e exploração excessiva de petróleo e gás. Muitos especialistas salientam que estes problemas decorrem da dependência excessiva dos indivíduos em recursos comuns, sem considerar o impacto a longo prazo que tal comportamento terá na sociedade como um todo.
"Quando os recursos são considerados ilimitados, os usuários irão explorá-los independentemente das consequências, eventualmente levando ao esgotamento dos recursos."
Muitos activistas ambientais recordam-nos que o aumento da procura irá inevitavelmente exercer pressão sobre o ambiente. Tomemos como exemplo a sobrepesca de peixes. Muitos ecossistemas marinhos atingiram os seus limites de capacidade. Segundo relatórios de grupos de protecção ambiental, certas espécies de peixes estão à beira da extinção devido à pesca descontrolada, o que não só afecta o equilíbrio ecológico, mas também ameaça a subsistência das comunidades que dependem destes recursos.
Hardin destacou na sua teoria que, quer se trate de recursos naturais ou de outras propriedades sociais, quando todos são egocêntricos, a verdadeira liberdade só pode ser alcançada através do estabelecimento de normas e mecanismos de gestão comuns. É precisamente porque algumas pessoas insistem em tabus que podem ser traçadas fronteiras para a protecção dos recursos comuns.
"A liberdade da sociedade deve basear-se na gestão comum dos recursos, caso contrário, levará à autodestruição."
Muitas regiões em todo o mundo estão actualmente a trabalhar arduamente para encontrar soluções, desde leis e regulamentos governamentais até actividades voluntárias de gestão comunitária. Estas medidas visam controlar o desenvolvimento de recursos e utilizá-los de acordo com a sustentabilidade ecológica. Se não for controlado, o fornecimento futuro de recursos estará em risco.
Em algumas áreas, as experiências de autogestão comunitária demonstraram potencial para o sucesso. Por exemplo, algumas comunidades piscatórias implementaram sistemas de gestão baseados nos membros que restringem o acesso a pessoas de fora para proteger as unidades populacionais de peixes locais. Da mesma forma, as comunidades aborígenes no Canadá imitaram tais práticas para manter o equilíbrio ecológico, estabelecendo um modelo para outras regiões.
Em resumo, as tragédias causadas pelo excesso de desenvolvimento reflectem-se em todos os níveis da sociedade. Dado que os nossos recursos são limitados, devem ser tomadas medidas, não apenas para consumir, mas para utilizar de forma responsável. Quando a procura de recursos atinge o seu limite, todo o ecossistema também enfrenta desafios. Esta não é apenas uma questão social, é a nossa responsabilidade moral partilhada.
Ao enfrentar estes desafios, devemos pensar em: Que novas medidas podemos tomar para a futura gestão de recursos, a fim de evitar a recorrência de tragédias?