A celulose é um polissacarídeo especial que vem principalmente das paredes celulares das plantas e é um dos compostos orgânicos mais comuns na Terra. Apesar de sua ampla ocorrência na natureza, pouca pesquisa foi feita sobre sua estrutura complexa e seus efeitos na digestão animal. Por que a celulose presente em alimentos vegetais consegue passar pelo corpo animal sem ser decomposta? A seguir, examinaremos mais de perto as características estruturais da celulose e por que ela não pode ser digerida por animais.
A celulose é um polímero composto de moléculas de glicose repetidas em série. Essa estrutura única torna impossível para enzimas em animais quebrá-la.
A celulose é composta de centenas a dezenas de milhares de unidades de glicose unidas em longas cadeias. Em comparação com outros carboidratos complexos, como amido e glicogênio, as moléculas de glicose na celulose estão ligadas de uma maneira muito diferente. Isso dá à celulose uma forma de cadeia linear, formando estruturas longas em forma de haste, enquanto o amido tem uma estrutura helicoidal.
Essas diferenças estruturais são diretamente responsáveis pelas propriedades da celulose. De modo geral, as enzimas produzidas pelos animais não conseguem quebrar efetivamente as ligações da celulose, então a celulose não é decomposta em unidades de glicose absorvíveis durante o processo de digestão.
As fibras naturais de celulose são geralmente derivadas das características originais da planta. Essas fibras não passam por processamento excessivo e passam apenas pelas etapas de limpeza necessárias. As fibras de algodão apresentam claramente a aparência de bolas de algodão, enquanto o linho mantém as características sólidas das fibras de juta.
A fabricação de fibras de celulose envolve o processamento de plantas em celulose e a extração das fibras por meio de tecnologia de extração. Por exemplo, o rayon, ou raiom, é uma das fibras de celulose mais comuns fabricadas a partir de polpa de madeira. Essas fibras geralmente apresentam boa biocompatibilidade e propriedades de proteção ambiental.
As fibras naturais são compostas principalmente de celulose, hemicelulose e lignina, e as proporções desses componentes variam para diferentes tipos de fibras. As fibras naturais geralmente contêm 60% a 80% de celulose. Essa combinação química afeta drasticamente as propriedades mecânicas da fibra, pois a hemicelulose aumenta a capacidade de absorção de água e a lignina proporciona estabilidade térmica.
As fibras de celulose têm uma ampla gama de aplicações, desde materiais compostos até a indústria têxtil e materiais de filtro. As propriedades da celulose permitem que ela seja incorporada com sucesso em uma variedade de materiais. Ao fazer materiais compostos, as fibras podem melhorar a resistência e a durabilidade do material.
No campo têxtil, a celulose reciclada é frequentemente usada para fazer fibras como Lyon, Modal e Lyocell, todas com bom desempenho de desgaste e características de proteção ambiental.
A chamada "fibra de bambu" no mercado não é fibra de bambu verdadeira, mas polpa de bambu altamente processada. Embora o processo não seja tão ecológico quanto parece, em alguns casos, cultivar e colher bambu pode ser uma opção mais sustentável do que a extração de madeira.
Ao compreender a estrutura e as aplicações da celulose, podemos avaliar melhor seu potencial na proteção ambiental e na reciclagem de recursos. Com o avanço da tecnologia, em que forma a celulose aparecerá no futuro e como isso afetará nossas vidas?