No campo da ciência, a observação é uma atividade importante, seja na percepção de fenômenos naturais ou na coleta de dados, sua criticidade não pode ser subestimada. No mundo microscópico, a forma de observação é cheia de surpresas e mistérios. Especialmente no contexto da mecânica quântica, esse comportamento de observação pode até alterar as propriedades das coisas que observamos.
A observação não é apenas percepção, ela também pode ser o poder de mudar as coisas.
Na mecânica quântica, as propriedades das partículas e das ondas estão interligadas, o que nos traz muitas confusões e desafios. De acordo com os princípios da mecânica quântica, o comportamento de partículas minúsculas, como os elétrons, é difícil de prever até que sejam observados. Isso significa que antes da observação, a partícula existe em um estado denominado “função de onda” e pode estar em vários estados ao mesmo tempo. Somente no momento em que fazemos uma observação é que ela “colapsa” num estado definido.
O próprio ato de observação é uma intervenção que tem um significado de longo alcance no mundo microfísico.
Por exemplo, quando tentamos medir a posição de um elétron, nossa medição afeta o elétron de modo que ele só pode existir de uma determinada maneira. Este fenômeno é denominado “efeito observador”, o que significa que a presença de um observador alterará inevitavelmente o estado do sistema observado. Isto é frequentemente mencionado em experiências científicas, especialmente em experiências quânticas. Qualquer tentativa de observar ou medir partículas microscópicas introduzirá variáveis desnecessárias, afectando assim os resultados experimentais.
Esta série de fenômenos levanta questões sobre a natureza da observação e sua importância na ciência. Nos métodos científicos tradicionais, a observação é considerada o passo preliminar na recolha de dados. No entanto, no mundo da mecânica quântica, o papel da observação não se limita apenas à aquisição de dados, mas também a um dos principais factores que afectam os fenómenos.
No nível quântico, a observação não é mais um registro passivo, mas uma participação ativa.
Além disso, quando tentamos observar o mundo quântico de diferentes perspectivas, muitas vezes descobrimos que os resultados obtidos variam dependendo do observador. Isto desafia até certo ponto a nossa compreensão da objectividade e faz-nos perceber que as observações científicas não são absolutas, mas são o produto da experiência subjectiva do observador. Isto é também o que muitos cientistas chamam de “conspiração”, e é particularmente óbvio na mecânica quântica.
Explorando mais, encontraremos outro conceito - o "princípio da incerteza". Este é um fenômeno quântico básico que nos diz que ao observar a posição e o momento das partículas, ambos não podem ser determinados com precisão ao mesmo tempo. Isto também revela a profunda ligação entre as limitações da observação e o mundo microscópico.
O princípio da incerteza também nos diz que a essência do mundo quântico reside na incerteza.
O profundo impacto destes fenómenos não se limita à física, mas também se estende à filosofia e à ciência cognitiva. Os preconceitos e efeitos psicológicos exibidos durante o processo de observação, bem como a subjetividade da percepção humana, também nos inspiram a pensar sobre como conduzir pesquisas científicas verdadeiramente objetivas. As capacidades cognitivas humanas são afectadas por múltiplos factores, tais como noções preconcebidas e modelos mentais. Isto leva à falta de fiabilidade jurídica do depoimento das testemunhas e é também um factor que não pode ser ignorado durante o processo de observação.
Nossas observações são frequentemente influenciadas pela experiência e por modelos mentais, o que desafia a objetividade da pesquisa científica.
Em resumo, a importância da observação na ciência está muito além da nossa imaginação. Especialmente no âmbito da mecânica quântica, a observação tornou-se uma intervenção profunda nos fenómenos. Isto não só nos faz repensar o nosso conhecimento científico, como também desafia a nossa compreensão da realidade. A relação entre o observador e o objeto observado confunde ainda mais as fronteiras entre objetividade e subjetividade, forçando-nos a pensar: quem é o verdadeiro controlador nesse processo de observação?