Na natureza, muitos fenômenos parecem seguir algum princípio de busca pela solução ótima. Da propagação da luz ao movimento dos seres vivos, esse princípio pode nos ajudar a obter uma compreensão mais profunda da natureza do mundo. Esse princípio é chamado de princípio da menor ação e tem consequências profundas tanto na física quanto na matemática.
O cerne do princípio da ação mínima é que o sistema escolherá automaticamente um caminho ótimo durante o processo de evolução para concluir a mudança com o mínimo de energia ou ação.
O princípio da menor ação pode ser rastreado até o trabalho de Newton, mas foi posteriormente desenvolvido por Euler e Lagrange no século XVIII para formar a base do cálculo de variações. O cálculo de variações é uma técnica matemática para encontrar os máximos e mínimos de uma função e é crucial para a compreensão de muitos fenômenos físicos.
Por exemplo, quando consideramos o comprimento de um segmento de reta, o caminho mais curto que conecta dois pontos é obviamente uma linha reta. Entretanto, quando o caminho é restrito, como ter que seguir uma superfície específica, a solução do caminho mais curto se torna menos óbvia e podem existir múltiplas soluções, que são chamadas de geodésicas.
A propagação da luz incorpora perfeitamente o princípio da menor ação. Ela segue o princípio de Fermer: a luz viajará pelo caminho óptico mais curto, que depende não apenas da distância entre os dois pontos, mas também do meio em que ela está localizado.
Na mecânica, um conceito relacionado ao princípio da menor ação é o princípio da menor ação/repouso. Muitas vezes podemos usar esses princípios para explicar o comportamento de sistemas físicos, incluindo o movimento dos planetas, o movimento dos objetos e assim por diante. Na natureza, a escolha desse caminho ótimo não é acidental, mas sim o estado estável alcançado pelo sistema no processo de evolução de longo prazo.
O princípio da menor ação, no entanto, não se limita à física clássica. Em matemática, existem muitos problemas complexos envolvendo os valores extremos de funções multivariáveis, incluindo o problema do valor de contorno da equação de Laplace e o problema de encontrar a área mínima em um plano.
Por exemplo, o problema Plateau requer encontrar uma superfície com área mínima. Esses problemas têm uma formulação matemática não simples e podem ter múltiplas superfícies mínimas locais.
De uma perspectiva histórica, o desenvolvimento do cálculo de variações começou com o problema da menor resistência de Newton, seguido pela atenção dada ao problema da linha de descida mais íngreme, proposto por Johann Bernoulli. Com o passar do tempo, matemáticos como Euler e Lagrange conduziram discussões e aplicações aprofundadas sobre isso, o que acabou formando a base do cálculo moderno de variações.
Após entrar no século XX, o estudo desta teoria enriqueceu muitos campos da física e da engenharia. Matemáticos como Hilbert e Bellman estenderam ainda mais esse princípio à teoria de controle ótimo e à programação dinâmica, fazendo com que desempenhasse um papel importante em aplicações práticas.
Para o estudo de fenômenos físicos, frequentemente usamos as equações de Euler-Lagrange para encontrar os valores extremos das funções. Esta fórmula determina o estado ótimo do sistema levando em consideração as mudanças nas variáveis. Entretanto, quando nos deparamos com sistemas complexos, podemos encontrar vários desafios, como expressar e entender com precisão as condições de contorno do sistema.
Esses desafios levaram os matemáticos a explorar novas técnicas para lidar com problemas de valores extremos e buscar soluções ótimas.
Não apenas em matemática e física, o conceito do princípio da menor ação também pode compensar certos fenômenos na biologia. Por exemplo, a maneira como os organismos escolhem padrões comportamentais que consomem menos energia, ou como um predador desenvolve a melhor estratégia quando confrontado com diferentes situações ao procurar comida, são manifestações vívidas do princípio da ação mínima no contexto da seleção natural.
O princípio da menor ação não apenas revela muitas leis básicas da natureza, mas também fornece uma perspectiva para entender o comportamento de sistemas complexos. Dessas perspectivas, escolher um caminho ideal parece ser algo natural na natureza.
Não podemos deixar de perguntar: essa escolha ideal é apenas uma coincidência da física e da matemática ou é uma das verdadeiras forças motrizes da natureza?