Quando confrontados com o desafio da epidemia, os modelos matemáticos traçaram um modelo para a propagação de doenças infecciosas. Estes modelos não são apenas utilizados para prever a direcção futura da epidemia, mas também ajudam os decisores de saúde pública a desenvolver medidas de intervenção eficazes. À medida que a tecnologia avança, a utilização destes modelos torna-se cada vez mais sofisticada, desde a análise de dados até nos dar uma compreensão mais profunda de como as doenças se propagam nas nossas comunidades.
Os modelos matemáticos permitem-nos tomar decisões e previsões mais informadas em resposta à epidemia.
A história dos modelos matemáticos remonta ao século XVII. Em 1662, John Grant analisou sistematicamente as causas de morte pela primeira vez no seu livro "Observações Naturais e Políticas", lançando as bases para a recolha e estatísticas de dados epidémicos. Em 1760, Daniel Bernoulli estabeleceu o primeiro modelo matemático de propagação de doenças baseado em dados de vacinação contra a varíola. Sua pesquisa não só ajudou a promover a implementação da vacinação, mas também prenunciou a tendência de desenvolvimento da modelagem matemática de doenças infecciosas.
O estabelecimento de modelos matemáticos marca um grande progresso na investigação de doenças e estabelece as bases para a saúde pública.
Os modelos matemáticos podem ser divididos aproximadamente em duas categorias: modelos estocásticos e modelos determinísticos. O modelo estocástico leva em consideração o impacto de fatores aleatórios na propagação da epidemia e pode estimar a distribuição de probabilidade de propagação da doença. Os modelos determinísticos são amplamente utilizados quando se trata de grandes populações, como o modelo SIR, que divide a população em três categorias: suscetível, infectada e recuperada.
A característica do modelo estocástico é que ele pode introduzir variáveis aleatórias e simular a propagação da doença através de mudanças aleatórias no tempo. Este tipo de modelo é adequado para análise da propagação de doenças em populações pequenas ou grandes.
Em contraste, os modelos determinísticos assumem que as taxas de transição para diferentes categorias são constantes calculáveis, o que permite a utilização de equações diferenciais para descrever a propagação da doença. Contudo, a precisão destes modelos depende frequentemente da correcção dos pressupostos iniciais.
Com o passar do tempo, os modelos matemáticos passaram por muitas mudanças. Do modelo Bernoulli inicial ao modelo Kermack-McKendrick e ao modelo Reed-Frost no século 20, esses modelos formaram gradualmente métodos de descrição mais sofisticados baseados na estrutura de multidão. Nos tempos modernos, também vimos o surgimento dos Modelos Baseados em Agentes, que se concentram mais na simulação do comportamento dos indivíduos e nas suas interações.
Estes modelos permitem-nos responder de forma mais eficaz a dinâmicas sociais específicas quando confrontados com uma epidemia ou desastre natural.
No entanto, a eficácia de um modelo matemático depende muito das suas suposições iniciais. As premissas comuns incluem populações uniformemente misturadas, distribuição etária fixa, etc., mas estes pressupostos muitas vezes não conseguem reflectir verdadeiramente a complexidade da sociedade. Em Londres, por exemplo, os padrões de contacto entre os residentes podem ser bastante desiguais, dependendo do contexto social e cultural.
Utilizando os resultados de previsão obtidos a partir de modelos matemáticos, os departamentos de saúde pública podem decidir se a vacinação ou outras medidas de prevenção e controlo devem ser implementadas. Por exemplo, a eliminação da varíola baseia-se na análise de modelos matemáticos para uma vacinação eficaz.
Os modelos matemáticos não só desempenham um papel importante na explicação da propagação da epidemia, mas também ocupam um lugar na otimização das políticas de saúde pública.
Com o avanço da tecnologia informática, os modelos matemáticos desempenharão um papel mais importante na investigação sobre epidemias e ajudar-nos-ão a responder melhor aos desafios cada vez mais complexos de saúde pública. Como podem estes modelos ser melhorados para reflectirem de forma mais realista a dinâmica social? Esta é uma questão importante que futuros pesquisadores precisam considerar.