A hemorragia intraventricular (HIV), ou seja, sangramento nos ventrículos do cérebro, é uma forma de sangramento no cérebro que representa uma grande ameaça para os pacientes. Quando ocorre uma hemorragia, os ventrículos, as estruturas cerebrais que produzem e circulam o líquido cefalorraquidiano, enchem-se de sangue e podem causar complicações graves. Esta situação pode ser dividida principalmente em dois tipos: primária e secundária, sendo as causas desta situação também bastante complexas.
De acordo com pesquisas, cerca de 30% das hemorragias intraventriculares são hemorragias primárias, que geralmente são causadas por trauma cerebral, aneurismas, malformações vasculares ou tumores cerebrais. Os 70% restantes são hemorragias secundárias, originadas de hemorragias intracerebrais ou subaracnóideas existentes. Especialmente em pacientes com trauma grave, a incidência de hemorragia intraventricular pode chegar a 35%.
Os sintomas da hemorragia intraventricular em pacientes adultos são semelhantes a outras hemorragias intracerebrais, manifestando-se como cefaleia súbita, náuseas e vômitos, acompanhados de alterações de consciência. Em alguns casos, os pacientes podem apresentar convulsões. No entanto, os sinais neurológicos locais são geralmente pequenos ou ausentes.
Em bebês, alguns podem ser assintomáticos, enquanto outros podem apresentar anormalidades imperceptíveis na consciência, no tônus muscular, na respiração e nos movimentos.
Em adultos, as principais causas de hemorragia intraventricular incluem trauma externo ou acidente vascular cerebral hemorrágico.
O risco de hemorragia intraventricular é particularmente elevado em bebés, especialmente naqueles nascidos prematuramente e com muito baixo peso ao nascer, e está frequentemente associado a uma vasculatura cerebral cada vez mais imatura. As observações mostram que a hemorragia intraventricular em bebês prematuros é mais comum nas 72 horas após o nascimento e está relacionada a danos cerebrais causados por fornecimento insuficiente de oxigênio.
O diagnóstico de hemorragia intraventricular pode ser confirmado através do exame de tomografia computadorizada. A presença de sangue nos ventrículos pode ser observada nas imagens de tomografia computadorizada.
A principal estratégia de tratamento da hemorragia intraventricular requer manejo estratificado com base no nível de consciência do paciente. Pacientes com sintomas leves podem ser observados na enfermaria, enquanto pacientes com comprometimento da consciência precisam ser internados posteriormente na unidade de terapia neurointensiva para observação. A pressão intracraniana e a pressão arterial também podem ser mantidas por meio do monitoramento da pressão intracraniana e do tratamento medicamentoso.
Entre as complicações, a hemorragia intraventricular pode causar pressão intracraniana elevada e danos ao tecido cerebral, podendo ainda levar a complicações graves, como hidrocefalia. A pesquisa mostra que se os bebês prematuros desenvolverem hemorragia intraventricular, o prognóstico é geralmente pessimista e cerca de 15% dos bebês sobreviventes podem desenvolver paralisia cerebral.
Tumores cerebrais, contusões cerebrais e hemorragia subaracnóidea frequentemente coexistem com hemorragia intraventricular e podem levar a aumentos perigosos na pressão intracraniana que podem afetar o tecido cerebral.
As pesquisas sobre hemorragia intraventricular continuam e os cientistas procuram métodos de diagnóstico e tratamento mais eficazes. No entanto, o potencial letal desta ameaça e as suas complexas consequências ainda a tornam um importante tema de saúde pública. Diante de problemas de saúde tão perigosos, como podemos proteger melhor a saúde do nosso cérebro?