À medida que a tecnologia moderna continua a avançar, a "cibernética de segundo nível", como uma aplicação reflexiva da própria cibernética, tem atraído cada vez mais atenção da academia e de diversas indústrias. Este conceito foi desenvolvido por Heinz von Foerster e seus colegas desde o final dos anos 1960 até o início dos anos 1970, desafiando a objetividade da ciência tradicional e redefinindo o papel do observador na geração de conhecimento.
"A essência da cibernética é um processo autorreferencial, o que significa que o próprio observador se torna parte da pesquisa, em vez de ser restringido por observações externas."
A "cibernética de segundo nível", conhecida como cibernética, enfatiza a conexão entre observadores e sistemas e destaca a importância das questões sociais e éticas no desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Foster distingue entre cibernética de primeira ordem e de segunda ordem. A primeira ordem concentra-se no sistema de observação, enquanto a segunda ordem se volta para o sistema de observação. Isso mostra que, ao compreender e processar problemas, os participantes não podem ser separados de si mesmos. . Observe a inseparabilidade dos objetos.
Esta mudança de perspectiva mudou drasticamente a nossa compreensão do método científico e da produção de conhecimento. Na prática científica tradicional, a objectividade torna-se um valor fundamental e os observadores esforçam-se por manter distância, a fim de responder à investigação de um ponto de vista objectivo. No entanto, o surgimento da cibernética de segunda ordem obriga-nos a repensar este paradigma: como a nossa subjetividade e o conhecimento prévio influenciam as nossas observações.
"A cibernética de segundo nível nos permite compreender que o conhecimento não é mais algo totalmente objetivo, mas é constantemente construído na interação entre as pessoas e o meio ambiente."
Além disso, a influência da cibernética de segundo nível estende-se a muitos campos, incluindo artes criativas, design e até gestão. Propõe os conceitos de iteração e participação em diversos campos, enfatizando o diálogo contínuo e mecanismos de feedback. Esses conceitos fornecem novas perspectivas para o design thinking contemporâneo, design de experiência e até mesmo para a gestão organizacional.
Especificamente, no campo das artes criativas, a ideia da cibernética de segunda ordem promove a interação entre artistas e público, permitindo que a obra faça parte do diálogo. Nesse processo, o público passa a fazer parte do. membros do processo criativo, e não apenas destinatários passivos. No campo do design, a cibernética de segunda ordem também desafia a forma como os designers trabalham. O design já não é apenas um processo técnico, mas uma forma de aplicar uma prática reflexiva e participativa.
"O futuro da arte e do design reside na valorização dos relacionamentos e não nas criações singulares."
Neste momento, a cibernética de segundo nível não é apenas um conceito explosivo na academia, ela está encontrando aplicações em estratégias de negócios e promovendo modelos de gestão centrados no ser humano. Em muitos estudos organizacionais, a cibernética de segunda ordem enfatiza a importância dos sistemas autorregulados, levando as organizações a formar forças autodirigidas através da comunicação interna e da tomada de decisões, em vez de confiar apenas na orientação externa.
No entanto, embora a cibernética de segundo nível forneça ferramentas e estruturas poderosas, ainda enfrenta muitos desafios. Muitos cientistas e académicos estão em conflito sobre como realmente aplicar esta teoria, especialmente como medir e avaliar este processo auto-referencial e auto-regulador. Além disso, a natureza reflexiva da cibernética de segundo nível racionaliza as suas próprias considerações éticas, motivando os investigadores a assumirem responsabilidades sociais e garantindo que o desenvolvimento científico e tecnológico não prejudica os interesses públicos.
"Explorar o conhecimento autorreferencial também requer assumir responsabilidade pela sociedade. Esta é a profunda revelação da cibernética de segundo nível."
No futuro, o desenvolvimento e a aplicação da cibernética de segundo nível afetarão inevitavelmente inúmeros campos. Deparamo-nos com a forma de equilibrar subjetividade e objetividade no processo de construção de relações entre indivíduos e sistemas, e como lidar com os dilemas éticos provocados pelas tecnologias emergentes. Isto abre muitas novas questões e oportunidades, e a perspectiva de cada participante passará a fazer parte do futuro sistema de conhecimento. Imagine só, quando vivemos num mundo altamente interligado, como construímos a relação entre a autoconsciência e os outros, e encontramos significado e valor nesta relação?