A ubiquitina é uma pequena proteína reguladora em células com um peso molecular de aproximadamente 8,6 kDa e está amplamente presente nos tecidos da maioria dos organismos eucarióticos. A ubiquitina foi descoberta pelo cientista Christian Goldstein em 1975 e, nas décadas seguintes, pesquisas intensivas sobre suas propriedades a tornaram um tópico importante na pesquisa em biologia celular. A comunidade científica a descreve como a "chave mestra da célula" porque a ubiquitina pode participar da regulação de uma variedade de processos biológicos, incluindo, mas não se limitando a, degradação de proteínas, mudanças de localização dentro da célula e regulação de sua atividade.
A ubiquitina pode marcar proteínas, desencadear sua degradação, alterar suas informações de localização, ativar ou inibir atividades e, assim, afetar a função celular.
O papel da ubiquitina se manifesta principalmente por meio do processo de ubiquitilação. A ubiquitinação é um processo de modificação pós-traducional catalisado por enzimas no qual a ubiquitina é covalentemente ligada a certos resíduos de aminoácidos de proteínas do substrato. Esse processo é geralmente dividido em três etapas principais: ativação, conjugação e ligação. Essas etapas são realizadas por três tipos de enzimas: enzimas ativadoras de ubiquitina (E1), enzimas conjugadoras covalentes de ubiquitina (E2) e ligases de ubiquitina (E3).
O processo de ligação da ubiquitina forma, por fim, uma ligação isopeptídica que se liga ao resíduo de lisina da proteína substrato, cumprindo assim sua função.
A estrutura da ubiquitina contém 76 aminoácidos e é altamente conservada em eucariotos, com as sequências de ubiquitina em humanos e leveduras compartilhando 96% de identidade. Existem quatro genes que codificam ubiquitina no genoma humano: UBB, UBC, UBA52 e RPS27A. A descoberta desses genes nos deu uma compreensão mais profunda das funções biológicas da ubiquitina e seu papel na fisiologia celular.
A ubiquitinação pode ser dividida em monoubiquitilação e poliubiquitilação. Monoubiquitinação refere-se à ligação de uma molécula de ubiquitina a um único resíduo de uma proteína substrato, o que é crucial para regular processos celulares, como o tráfego de proteínas de membrana e a endocitose. A poliubiquitinação, por outro lado, é a formação de cadeias de ubiquitina, geralmente construídas em resíduos específicos de lisina, que desempenham um papel importante na degradação de proteínas.
Estudos existentes mostraram que apenas a poliubiquitinação em resíduos específicos de lisina, como K48 e K11, está associada à degradação de proteínas pelo proteassoma.
O conteúdo de ubiquitina não é apenas chamado de "chave mestra da célula", mas também por causa de suas diversas funções, regula muitos processos importantes dentro da célula, como a participação no ciclo celular, transcrição genética, reparo de DNA e apoptose celular. . A ubiquitinação também desempenha um papel importante no processamento de antígenos e na regulação das respostas imunológicas, o que se acredita ser de grande importância para a pesquisa biomédica.
O distúrbio do sistema de ubiquitina está intimamente relacionado à patogênese de várias doenças. Isso inclui doenças neurodegenerativas, câncer e doenças imunológicas. Por exemplo, na doença de Alzheimer, o acúmulo de ubiquitina pode promover a má agregação de proteínas específicas dentro da célula, acelerando assim o desenvolvimento do processo patológico. Dadas as múltiplas funções da ubiquitina nas células, pesquisas futuras sobre esse sistema ajudarão a explorar novas terapias e tratamentos.
À medida que os cientistas obtêm uma compreensão mais profunda da ubiquitina e suas funções, pode ser possível desenvolver tratamentos direcionados às vias de ubiquitinação no futuro, afetando assim a prevenção e a eficácia de muitas doenças. À medida que a pesquisa continua a se aprofundar, seremos capazes de entender os múltiplos papéis da ubiquitina nas doenças?