Quando mencionamos “tétano”, muitas pessoas podem pensar inconscientemente na importância da vacinação. O agente causador do tétano, Clostridium tetani, é uma bactéria comumente encontrada no solo. Embora esta bactéria seja geralmente inofensiva por natureza, os esporos que transporta podem transformar-se numa forma patogénica sob certas condições, causando sintomas e doenças graves. Este artigo irá explorar as propriedades desta bactéria e como ela sobrevive em ambientes extremos, e tentar compreender seus mecanismos patogênicos.
A bactéria do tétano é uma bactéria Gram-positiva em forma de bastonete que geralmente tem cerca de 2,5 mícrons de comprimento e 0,5 mícrons de largura. Esta bactéria cresce bem em um ambiente livre de oxigênio e a temperatura ideal de crescimento é de 33 a 37 graus Celsius. Quando as condições ambientais são desfavoráveis, eles formam um formato especial de esporo que lembra uma raquete de tênis ou uma baqueta, demonstrando sua adaptabilidade única.
Os esporos do tétano são altamente resistentes a altas temperaturas, desinfetantes e até água fervente, permitindo-lhes sobreviver em vários ambientes extremos.
O tétano pertence ao gênero Clostridium, que contém mais de 150 espécies. Incrivelmente, estas espécies estão geneticamente relacionadas e muitas são ainda mais semelhantes a bactérias de outros géneros. Além do Tétano, existem diversas outras espécies patogênicas de Clostridium, como Clostridium botulinum e Clostridium botulinum.
Embora as bactérias do tétano sejam geralmente inofensivas no solo ou nos intestinos dos animais, quando os esporos entram no corpo através de feridas, podem causar doença tetânica grave. Quando os esporos entram numa ferida profunda, a combinação de morte do tecido e fornecimento limitado de oxigénio torna o ambiente adequado para o crescimento, fazendo com que os esporos germinem e se multipliquem. À medida que as bactérias se multiplicam numa ferida, libertam duas toxinas: tetanolisina e tetanospasmina. Entre eles, a toxina tetânica é uma potente neurotoxina que bloqueia a liberação de neurotransmissores inibitórios, causando espasmos musculares por todo o corpo.
A dose letal da toxina tetânica é inferior a 2,5 nanogramas por quilograma de peso corporal, indicando seu perigo fatal.
Quando o tétano ocorre, o tratamento oportuno é muito importante. Os tratamentos comuns incluem injeções de imunoglobulina antitetânica para neutralizar a toxina no sangue. Além disso, os médicos podem optar pelo uso de certos antibióticos, como cloranfenicol ou penicilina, embora a eficácia dos tratamentos com antibióticos permaneça controversa. O método de prevenção mais eficaz é a vacinação contra o tétano, que geralmente se baseia na toxina tetânica tratada com formaldeído e estimula efetivamente uma resposta imunológica para combater futuras infecções.
Nos últimos anos, os cientistas realizaram pesquisas aprofundadas sobre o ambiente de crescimento e o genoma do bacilo do tétano. Sabe-se que o genoma do bacilo do tétano chega a 2,8 milhões de pares de bases e contém 2.373 genes codificadores de proteínas, o que traz a possibilidade de aprender mais sobre suas características biológicas e mecanismos patogênicos.
As descrições clínicas do tétano datam da época de Hipócrates, no século IV aC. Com o tempo, a compreensão da doença cresceu, incluindo estudos de Arthur Nicolai em 1884 e Shirei Kitagawa em 1889, que revelaram uma ligação entre o agente causador do tétano e as ligações existentes. À medida que a ciência avança, a actual vacina contra o tétano tornou-se uma parte importante da saúde pessoal e pública.
A surpreendente adaptabilidade do bacilo do tétano leva-nos a perguntar: Seremos capazes de eliminar completamente a ameaça deste microrganismo à saúde humana no futuro?