Gerson Luis da Silva Nunes

Prevalência de hipertensão resistente em adultos não idosos: estudo prospectivo em contexto ambulatorial

FUNDAMENTO: Em face de definicoes de variaveis e criterios de amostragem, a real prevalencia de hipertensao resistente em ambiente clinico e desconhecida. OBJETIVO: Investigar a prevalencia de real hipertensao resistente em uma clinica de hipertensao arterial. METODOS: Hipertensao resistente verdadeira foi diagnosticada quando fenomeno do jaleco branco, insuficiente adesao ao tratamento e hipertensao secundaria foram excluidos em pacientes com Pressao Arterial (PA) ≥ 140/90 mmHg em duas visitas consecutivas, usando tres de farmacos anti-hipertensivos, incluindo um diuretico. RESULTADOS: No total, 606 pacientes, com 35 a 65 anos de idade, a maioria mulheres, com PA de 156,8 ± 23,8 mmHg por 91,9 ± 15,6 mmHg e IMC de 29,7 ± 5,9 Kg/m2 foram sequencialmente avaliados. Cento e seis pacientes em uso de tres agentes anti-hipertensivos estavam com pressao arterial nao controlada (17,5% da amostra total) na primeira visita. Oitenta e seis pacientes (81% dos pacientes com PA nao controlada na primeira avaliacao) retornaram para a avaliacao de confirmacao: 25 estavam com PA controlada; 21 tinham evidencia de baixa adesao ao tratamento; 13 tinham fenomeno do jaleco branco; e 9 tinham hipertensao secundaria, restando 18 pacientes (20,9% dos nao controlados na consulta de confirmacao e 3% da amostra total) com verdadeira hipertensao resistente. Considerando pacientes com hipertensao secundaria como casos de hipertensao refrataria, a prevalencia de hipertensao resistente aumentou para 4,5%. CONCLUSAO: A frequencia de hipertensao resistente verdadeira em pacientes nao idosos e baixa em um ambiente clinico, e nao e substancialmente aumentada com a inclusao de pacientes com hipertensao secundaria. (Arq Bras Cardiol. 2012; [online].ahead print, PP.0-0)

Long-Term Effectiveness of Non-Drug Recommendations to Treat Hypertension in a Clinical Setting

BACKGROUND Nonpharmacological interventions have been efficacious to control blood pressure (BP) in clinical trials, but their long-term effectiveness in clinical practice was still not documented. METHODS This is a prospective cohort study of 825 patients who received repeated nonpharmacological recommendations to treat hypertension. The outcomes were BP change and rate of BP control by pattern of adherence (informed by the patients) to the recommendations to follow low-salt and low-calorie diets and to do physical activities. RESULTS Patients were followed for 23.1 ± 8.4 months. Between group deltas of BP change in patients with and without adherence to the low-salt diet, adjusted for baseline BP, body mass index (BMI), age, and number of drugs in use, were 5.1 (95% confidence interval: 1.7-8.6) mm Hg for systolic (P = 0.003) and 2.1 (0.2-3.9) mmHg for diastolic BP (P = 0.02). For adherence to low-calorie diet, the deltas were 6.6 (2.9-10.2) mm Hg (P < 0.001) and 2.0 (0.1-3.9) mm Hg (P = 0.045). Adherence to physical activities was not associated with a BP-lowering effect. Relative risks for a fall of 10 mm Hg in systolic or 5 mm Hg in diastolic BP, with adjustment for confounding, were 0.69 (95% confidence interval: 0.55-0.87) for adherence to the low-salt diet, 0.83 (0.66-1.05) for low-calorie diet, and 0.99 (0.79-1.24) for exercise. CONCLUSIONS Adherence to low-salt and low-calorie diets is associated with clinically relevant long-term BP reduction and better hypertension control in a clinical setting.