Pedro Meira Monteiro
Princeton University
Network
Latest external collaboration on country level. Dive into details by clicking on the dots.
Publication
Featured researches published by Pedro Meira Monteiro.
Tempo Social | 2010
Pedro Meira Monteiro
Neste artigo, discuto o livro de Jose Miguel Wisnik, Veneno remedio: o futebol e o Brasil, publicado em 2008. Noto como, nele, a discussao do futebol permite retomar impasses ja trabalhados pelos modernistas, revivendo algumas de suas angustias fundamentais. Analiso ainda como o livro se poe na linhagem das grandes inquiricoes sobre o Brasil, rebatendo criticamente o esforco hermeneutico dos nossos ensaistas classicos.
Luso-Brazilian Review | 2007
Pedro Meira Monteiro
Partindo do incômodo causado pelas projeções exóticas do “Brasil” no imaginário internacional, discutemse aqui alguns momentos em que, na literatura e na música, de tempos coloniais ao presente, a “África” revelase como topos privilegiado, a resguardar poeticamente a pureza e a crueza de uma origem a um só tempo desejada e rechaçada. Analisando, ao fum, um trecho das memórias de Caetano Veloso, sugiro que um complexo mecanismo de sublimação simultaneamente nos protege e aproxima do momento mítico original em que a mão dos africanos teria tocado o primeiro tambor no Brasil, fazendo surgir, intacta, uma África mirífica, simbolicamente tão poderosa quanto esvaziada de qualquer história ou peso.
Archive | 2016
Pedro Meira Monteiro
Pedro Meira Monteiro revisits Machado’s dialogues with the seventeenth-century French philosophers he was known to have read. Monteiro aims to understand how the French moralists, especially Blaise Pascal, enabled Machado to explore the limitations and shortcomings of the modern conception of an autonomous subject, most strikingly in his late work. This chapter studies the influence of moralists in how Machado portrays individuals who cannot escape from the mundane mechanics of passions and self-interest. Thus, a difference between the Brazilian and the French writer emerges: where Pascal proposes a leap of faith, Machado invents a narrator who is stuck in those mechanics and whose characters can be the victims of a meaningless, purely material world.
Luso-Brazilian Review | 2013
Pedro Meira Monteiro
This article aims at putting Alfredo Bosi’s work in dialogue with well-known theoretical trends in the English-speaking academia. I trace the steps I’ve taken to make some of Bosi’s reflections available to an English-speaking audience, and raise a few questions: In the discussion on the “coloniality of power,” which brings together “Postcolonial” and “Subaltern Studies”, can Bosi’s criticism play a role? What contribution can his “counter-ideological” critique make to an academic environment radically different from the one where it originated? Can a subaltern academic field speak? Finally, I focus on some of the foundations of Bosi’s view and conclude with a discussion of the place of the margins in his thought, thus identifying what makes it at once distant from and close to a deconstructionist claim on the transitory nature of the subaltern subject.
Luso-Brazilian Review | 2010
Pedro Meira Monteiro
This article aims at understanding the fictional work of Brazilian contemporary writer João Almino. From his first novel, Ideias para onde passar o fim do mundo (1987), to his most recent one, O livro das emoções (2008), Almino sounds out the legacy of the 1960s, suggesting that its libertarian impulses define a whole generation of Brazilians, who nevertheless see themselves, by the end of the dictatorship, oscillating between a most promising utopia and the helpless failure of all dreams. Such an oscillation shapes most of his characters, who live in a dream-like Brasília where politics, love and writing form a complex subject. Finally, this article argues that both cinema and photography provide the clues for the understanding of Almino’s subtle and sophisticated writing, whose metanarrative features are coupled with a touching lyricism.
Luso-Brazilian Review | 2009
Pedro Meira Monteiro
O ano de 2008 deixa, em meio às inúmeras comemorações do centenário de morte de Machado de Assis, um rastro fecundo, cuja importância somente a posteridade poderá avaliar, em toda sua extensão e profundidade. Este número especial da Luso-Brazilian Review traz, já quase ao fi m da celebração, seu próprio quinhão de luz para a compreensão do maior autor da literatura brasileira. Os artigos aqui reunidos provêm, em boa parte, de alguns dos painéis que, na última reunião da American Portuguese Studies Association, ocorrida neste último ano em Yale University, tematizaram Machado de Assis. Evidentemente, trata-se de uma amostra incompleta daquilo que lá se apresentou e discutiu. É signifi cativo, entretanto, que os textos aqui reunidos sejam encabeçados por um pequeno ensaio de Alfredo Bosi, composto durante esta que foi sua primeira viagem acadêmica aos Estados Unidos, quando, ainda em outubro de 2008, ele esteve em Princeton University, para depois, justamente, proferir a conferência machadiana que inaugurou o congresso da APSA em Yale. Creio que o sentido de sua contribuição à Luso-Brazilian Review seja claro: no momento em que o tema da “universalidade” retorna com força ao âmbito da crítica sobre Machado de Assis, um de seus maiores intérpretes vem somar sua voz à ampla discussão que se desenrola internacionalmente, em especial no circuito acadêmico norte-americano. Pontuo a seguir o que me parecem ser os elementos centrais de cada um dos textos aqui reunidos. O ensaio de Alfredo Bosi, “Rumo ao concreto: Brás Cubas em três versões”, parte de considerações de um estudo anterior, em que se desenhavam as três principais tendências na análise do texto machadiano: a que privilegia a forma (análise “construtiva”), a que atenta especialmente para a dimensão existencial que dá tom à narrativa (“expressiva”), e a que explora a dimensão alegórica do texto e a tipifi cação de narradores e personagens (“representativa”). Valendo-se do espírito de um pensamento célebre de Pascal, segundo o qual “demasiada distância e demasiada proximidade impe-
Estudos Avançados | 2006
Pedro Meira Monteiro
PARTINDO da obra de Jose da Silva Lisboa, o visconde de Cairu, o artigo trata do lugar imaginario em que se situa o Outro da civilizacao. Pretende-se, por intermedio dele, inquirir e explorar a distância que separa o civilizado do barbaro. No espaco intermedio entre a barbarie e a civilizacao, afinal, a literatura social desenha o territorio fronteirico em que o discurso civilizado reaviva os fantasmas da regressao, trabalhando poeticamente o horror do retorno a selva. Trata-se de uma longa tradicao literaria que, no Brasil, tem em Euclides da Cunha o seu mestre.
Prismas | 2011
Pedro Meira Monteiro
Novos Estudos - Cebrap | 2009
Pedro Meira Monteiro
Prismas | 2007
Pedro Meira Monteiro