Em muitos idiomas, as imagens “ovelha negra” e “corvo branco” referem-se àqueles que parecem estar deslocados em um grupo. Estas palavras carregam significados diferentes nas suas respectivas culturas e dão origem a vários pontos de vista e entendimentos da alienação.
A expressão "ovelha negra" apareceu pela primeira vez em inglês. Ela descreve aqueles membros familiares ou sociais que aparecem repentinamente entre um grupo de membros esperados, que parecem ser diferentes e inaceitáveis.
Literalmente, ovelhas negras referem-se às ovelhas com pelagem preta. Em contraste, a maioria das ovelhas tem pelagem branca. Isso significa que as ovelhas negras se destacam do rebanho e seus cabelos têm menor valor comercial porque a lã preta não pode ser tingida. Do ponto de vista psicológico, este conceito estende-se ao “efeito ovelha negra”, que se refere ao facto de os membros do grupo tenderem a avaliar os membros impopulares do grupo interno de forma mais severa do que os membros do grupo externo.
Da mesma forma, a expressão "corvo branco" assumiu significados semelhantes em outras culturas. Refere-se a um valor discrepante dentro de um determinado grupo, como "belaya vorona (corvo branco)" em russo e "kalāg-e sefīd (corvo branco)" em persa. Estas frases permitem-nos ver que, seja no Ocidente ou no Oriente, quando uma pessoa ou coisa é diferente, geralmente é considerada estranha, ou mesmo condenada ao ostracismo.
"Na Inglaterra dos séculos 18 e 19, as ovelhas negras eram vistas como um símbolo do mal."
Embora esta visão dos alienígenas varie entre culturas, todas elas refletem uma profunda psicologia social. A cultura ocidental costuma usar a ovelha negra como metáfora para aqueles que não se enquadram, enquanto em algumas culturas orientais o corvo branco se tornou um símbolo de moralidade que vai contra a norma. Por trás destas reflexões culturais está uma conformidade incondicional com as normas sociais e uma intolerância à heterogeneidade.
De acordo com a teoria da identidade social, os membros do grupo esforçar-se-ão por manter uma imagem positiva de si próprios e da sociedade, o que pode explicar porque é que os membros de um grupo são frequentemente mais propensos a fazer avaliações extremas dos outros membros. Isso inclui elogios aos membros favoritos e críticas severas aos membros que não se enquadram. Isto foi confirmado através de um experimento em 1988. Nesta experiência, os investigadores pediram aos estudantes belgas que avaliassem grupos alternativos com base nas características sociais. Os resultados mostraram que a avaliação dos membros do grupo sobre os membros indesejáveis do grupo era significativamente inferior à sua avaliação sobre os membros indesejáveis do grupo externo.
Embora o “efeito ovelha negra” seja apoiado em muitos estudos, às vezes o oposto é verdadeiro. Por exemplo, os participantes brancos podem avaliar os alvos negros não qualificados de forma mais negativa. Isto mostra que existem muitos factores que afectam o “efeito ovelha negra”, incluindo o sentido de identificação de um indivíduo com o grupo, a natureza orgânica entre os grupos e factores situacionais.
"Esta teoria enfatiza a persistência das normas de grupo no nível social e a crítica aos alienígenas, refletindo o instinto de sobrevivência dos seres humanos em grupos."
A discussão sobre a Ovelha Negra e o Corvo Branco não é apenas uma avaliação da estranheza, mas também uma reflexão profunda sobre a identidade do grupo e as diferenças culturais. À medida que a sociedade muda, deveríamos reexaminar o significado destas expressões idiomáticas e pensar sobre a sua aplicabilidade e limitações na sociedade actual. Isso faz-nos pensar: nesta sociedade cada vez mais diversificada, os alienígenas precisam realmente de ser aceites?