A doença de Pott, também conhecida como tuberculose espinhal, é uma doença causada pela disseminação do Mycobacterium tuberculosis dos pulmões e de outras partes do corpo para a coluna vertebral através da corrente sanguínea. Esta doença, descrita pela primeira vez pelo cirurgião britânico Percivall Pott em 1799, geralmente afeta a parte inferior da coluna torácica e a parte superior da coluna lombar. À medida que os sintomas se tornam mais aparentes, a doença de Pott pode causar danos graves à coluna e causar dores contínuas nas costas.
A dor nas costas é o sintoma clínico mais precoce e mais comum da doença de Pott, frequentemente acompanhada de sensibilidade local e espasmo muscular.
Nos estágios iniciais da doença, os pacientes geralmente apresentam graus variados de dor nas costas, que pode piorar com a atividade, resultando em limitações na capacidade de movimentação do paciente. Além disso, o desenvolvimento da doença de Pott pode ser acompanhado por déficits neurológicos, cujas manifestações variam dependendo da parte afetada da coluna vertebral. Por exemplo, uma infecção no pescoço pode causar problemas nervosos nos braços e pernas, enquanto uma infecção na parte inferior das costas afeta frequentemente os nervos nas pernas e ao redor do cóccix.
A gravidade do déficit nervoso depende da localização da infecção, que pode incluir braços e pernas.
O diagnóstico precoce da doença de Pott é particularmente importante porque pode ser confirmado com tomografia computadorizada, ressonância magnética ou raio-X simples. Porém, como nos estágios iniciais, aproximadamente 30% da perda óssea na área precisa ser visível nas radiografias, tornando o diagnóstico precoce extremamente desafiador. Em comparação com os raios X tradicionais, a ressonância magnética pode detectar lesões de forma mais eficaz e ganhar tempo para o tratamento precoce.
As manifestações clínicas da doença de Pott geralmente se desenvolvem gradualmente e os sintomas podem inicialmente ser indistinguíveis da fadiga da vida diária. No entanto, deve-se prestar atenção quando os sintomas persistem e pioram gradativamente. Embora a dor nas costas seja o sintoma mais precoce, os pacientes também podem apresentar consolidação da coluna, parestesias nas extremidades inferiores e até afetar a função da bexiga e do intestino.
Os sintomas não espinhais podem incluir perda de apetite, perda de peso, suores noturnos e febre.
Quando a doença progride para formar um abscesso frio, os pacientes correm maior risco, o que pode causar lesão medular e paralisia. Quando o abscesso formado é comprimido ou a infecção se espalha para outras partes da coluna, pode até afetar outros órgãos, como a faringe, causando dificuldade para engolir ou problemas respiratórios.
A causa da doença de Pott se deve principalmente à disseminação do Mycobacterium tuberculosis (MTB) no corpo humano, e sua via de transmissão geralmente é por meio de gotículas bacterianas no ar. O risco de infecção varia de acordo com a região, sendo o baixo nível socioeconómico, a imunodeficiência e o contacto com pessoas doentes factores de risco conhecidos.
Nos países em desenvolvimento, a incidência da doença de Pott é maior, principalmente relacionada a ambientes lotados e mal ventilados.
Em termos de tratamento, os pacientes com doença de Pott geralmente necessitam de terapia antituberculose e possível intervenção cirúrgica. A chave do tratamento é identificar os sintomas precocemente e tomar medidas oportunas para reduzir o impacto na coluna e no sistema nervoso. Devido ao problema da resistência aos medicamentos na tuberculose, o diagnóstico precoce e preciso é crucial para melhorar o prognóstico do paciente.
A conclusão é que quando sentimos dores nas costas, além da fadiga comum, deveríamos também prestar atenção aos potenciais riscos à saúde por trás disso?