O acetaminofeno, também conhecido como paracetamol, é um analgésico e aliviador de febre comumente usado por muitas pessoas. No entanto, essa droga aparentemente segura esconde perigos potencialmente fatais. De acordo com pesquisas, casos de envenenamento estão ocorrendo cada vez com mais frequência, especialmente nos Estados Unidos e no Reino Unido, e o envenenamento por paracetamol se tornou uma das principais causas de insuficiência hepática aguda.
Após tomar uma overdose de paracetamol, os primeiros sintomas geralmente não são óbvios, e algumas pessoas podem nem notar nenhuma mudança no corpo.
Os sintomas de envenenamento geralmente progridem por três estágios. Nos estágios iniciais, os pacientes podem apresentar apenas sintomas leves e inespecíficos, como fraqueza geral, desconforto abdominal ou náusea, que podem ser confundidos com desconforto comum. Entretanto, dentro das próximas 24 a 72 horas, o fígado começa a sofrer sérios danos, manifestados por indicadores de função hepática anormalmente elevados e até mesmo dor abdominal superior direita. Se a doença entrar no terceiro estágio, pode ocorrer insuficiência hepática significativa, com manifestações clínicas incluindo função de coagulação prejudicada, hipoglicemia, insuficiência renal aguda e outras complicações múltiplas.
O mecanismo básico dessa reação tóxica envolve o metabolismo do medicamento. Quando a ingestão de paracetamol excede a capacidade metabólica do fígado, um metabólito tóxico, N-acetil-p-benzoquinoneimina (NAPQI), é produzido em grandes quantidades. Esta substância causa sérios danos às células do fígado, fazendo com que os antioxidantes do corpo se esgotem. Consumo excessivo de glutationa causa morte celular e necrose hepática.
A gravidade da lesão hepática geralmente está relacionada à dose e à resposta individual.
O risco de envenenamento por paracetamol está relacionado a muitos fatores. O abuso crônico de álcool, a desnutrição e o uso concomitante de outras drogas hepatotóxicas são fatores que aumentam o risco de intoxicação. Especialmente em termos de epidemiologia, o Reino Unido relata que se tornou a droga com o maior número de pessoas sendo enviadas ao hospital por overdose, enquanto os Estados Unidos relatam mais de 100.000 casos de envenenamento a cada ano. Especialmente para crianças pequenas, é muito fácil de ser envenenado por acidente. Overdose pode causar sérios problemas de saúde.
O diagnóstico geralmente se baseia na medição do nível de paracetamol no sangue. Os médicos avaliam o risco de dano hepático de um paciente com base no gráfico de Rumack-Matthew usado. Este mapa fornece um guia para ajudar os profissionais médicos a decidir se o tratamento é necessário e urgente. O momento da coleta de sangue e das leituras de concentração é crítico e, normalmente, o teste precisa ser realizado dentro de um determinado período de tempo após a administração para obter resultados precisos.
O tratamento precoce é crucial para evitar a insuficiência hepática, que tem uma taxa de mortalidade de apenas 0,1%.
Em termos de tratamento, o antídoto para o paracetamol é a acetilcisteína (NAC), que pode promover a síntese de glutationa, neutralizar o NAPQI e proteger as células do fígado de danos. Estudos demonstraram que se a acetilcisteína for iniciada dentro de 8 horas após sua ingestão, pode ajudar a reduzir significativamente o risco de hepatotoxicidade. Se o atraso exceder esse tempo, a eficácia cairá drasticamente e o risco de necrose hepática aumentará significativamente.
Sinceramente, essa situação é assustadora porque tomar uma dose muito alta por apenas um dia pode resultar em uma situação de vida ou morte. Por isso, a comunidade médica enfatiza o uso racional de medicamentos para evitar a automedicação que pode levar a consequências irreversíveis.
Em muitos países, a quantidade de paracetamol que pode ser vendida é restrita em um esforço para reduzir incidentes de overdose. Por exemplo, o Reino Unido limita as doses de paracetamol de venda livre a 32 comprimidos, enquanto o limite da Irlanda é de 24 comprimidos. Essa medida realmente teve um efeito significativo na redução da taxa de mortalidade por envenenamento. Além disso, a educação regular sobre segurança de medicamentos para o público também pode ajudar a aumentar a conscientização e reduzir envenenamentos acidentais.
As autoridades precisam equilibrar a acessibilidade e a segurança dos medicamentos, o que é um desafio.
Além disso, instituições médicas também estão explorando outras alternativas potenciais, como desenvolver novos medicamentos para reduzir a toxicidade hepática ou combinar medicamentos para reduzir efeitos colaterais. Essas são direções para melhorias futuras.
Embora usemos todos os medicamentos de forma conveniente, precisamos realmente pensar cuidadosamente se esses analgésicos e resfriados comumente tomados também podem conter perigos ocultos?