Na pesquisa do câncer, a disfunção da E-caderina atraiu a atenção de muitos cientistas. Como uma importante proteína de adesão celular, a E-caderina desempenha um papel extremamente importante nas interações indiretas de células saudáveis. Quando a função dessa proteína é perdida, o comportamento das células tumorais muda drasticamente, tornando-as mais agressivas e aumentando sua capacidade de metástase. Este artigo analisará mais detalhadamente o papel da E-caderina e sua associação com a invasividade das células cancerígenas.
A E-caderina é a chave para manter a adesão entre células epiteliais. Quando sua expressão é reduzida, a adesão entre células é enfraquecida e a motilidade das células é melhorada.
A E-caderina é uma proteína de adesão célula-célula dependente de cálcio presente em muitas células epiteliais. Sua estrutura consiste em cinco repetições externas de caderina, uma região transmembrana e uma cauda intracelular altamente conservada. A E-caderina não está envolvida apenas na conexão entre células, mas também desempenha um papel fundamental na sinalização intracelular. Quando a expressão da E-caderina nas células é normal, ela pode inibir a proliferação celular e promover a apoptose celular, protegendo assim a estabilidade do tecido epitelial.
A perda da função da E-caderina afeta a proliferação celular, a invasividade e a metástase, que estão intimamente relacionadas à progressão do câncer.
Quando a expressão da E-caderina é reduzida ou inativada, o comportamento das células tumorais muda. As células cancerígenas conseguem se desprender do tumor original, aumentar sua capacidade de migração e, por fim, formar metástases. Cientistas demonstraram que a inativação da E-caderina está diretamente ligada à progressão de vários tipos de câncer, como câncer gástrico, câncer de mama e câncer colorretal.
No câncer de mama, a diminuição da expressão da E-caderina é frequentemente associada ao aumento da invasividade das células cancerígenas, particularmente no carcinoma lobular invasivo em comparação ao carcinoma ductal invasivo.
O processo de transformação - transição epitelial-mesenquimal (TEM) é um processo importante pelo qual as células cancerígenas adquirem capacidade de invasão. A E-caderina desempenha um papel fundamental nesse processo. Quando a expressão da E-caderina é inibida, a β-catenina é liberada da membrana celular para o citoplasma, induzindo ainda mais a expressão de fatores de transcrição que promovem a EMT, que promovem a transição de células cancerígenas para células mesenquimais e aumentam sua capacidade de invasão.
A E-caderina também está envolvida na regulação da motilidade celular, o que é crucial para a metástase das células tumorais. Especificamente, a E-caderina coordena o movimento celular ao fornecer ligação entre células. Quando sua função é prejudicada, as células perdem seu senso de direção, resultando em movimento aleatório e incapacidade de migrar efetivamente para novos locais.
Significado clínicoEm experimentos de eliminação de genes na migração celular, a perda de E-caderina fez com que as células perdessem o senso de direção do movimento, destacando sua importância na migração celular.
O estado de expressão da E-caderina tornou-se um marcador para o prognóstico de alguns tumores malignos. Por exemplo, no câncer de mama, a perda de E-caderina é um indicador de prognóstico ruim. Além disso, a E-caderina também é usada como ferramenta de diagnóstico em patologia do câncer, o que pode ajudar efetivamente a determinar o tipo e a malignidade do tumor.
Em muitos casos, a perda completa da E-caderina indica que o tumor pode ser mais agressivo e ter um prognóstico de tratamento pior.
Compreender a função da E-caderina e como ela afeta o comportamento das células cancerígenas traz novas esperanças para o tratamento futuro de tumores. Terapias que restauram a expressão da E-caderina ou melhoram sua função têm o potencial de se tornar uma ferramenta poderosa para reverter a progressão do câncer. Pesquisadores estão procurando ativamente maneiras de alterar a regulação da E-caderina como uma possível estratégia terapêutica.
À medida que a pesquisa sobre a E-caderina se aprofunda, não podemos deixar de perguntar: podemos mudar o destino das células cancerígenas ou até mesmo salvar vidas regulando a E-caderina?