O vírus da gripe A é um vírus altamente contagioso que frequentemente causa gripe sazonal. A proteína M2 dentro dele é uma estrutura importante que permite que o vírus invada efetivamente as células hospedeiras, proporcionando condução de prótons. O mecanismo de funcionamento do M2 não é apenas crucial para a sobrevivência do vírus, mas também pode fornecer pistas importantes para desenvolvermos novos medicamentos antivirais.
A proteína M2 é uma viroporina seletiva de prótons no envelope do vírus influenza A. Sua estrutura é composta de quatro unidades M2 idênticas, cada uma contendo 97 resíduos de aminoácidos. Esses aminoácidos são divididos em três partes:
"A proteína do canal M2, como um componente importante do envelope viral, pode formar um canal condutor de prótons altamente seletivo e regulado por pH."
Por meio desse canal, o vírus consegue manter o pH do seu ambiente interno durante a entrada na célula hospedeira. Quando o vírus entra na célula hospedeira por meio de endocitose mediada por receptor, a acidificação do endossomo ativa o canal M2, o que permite que os prótons entrem no núcleo viral e criem condições favoráveis para a replicação viral.
"O canal M2 pode ativar efetivamente a via do inflamossomo NLRP3, desempenhando assim um papel importante na imunidade antiviral."
Esses resultados reforçam o papel crítico da estrutura e função do canal M2 no ciclo de vida de diferentes vírus e recomendam estratégias terapêuticas direcionadas ao M2.
Atualmente, o medicamento anti-influenza amantadina é um bloqueador específico conhecido do canal de prótons M2. O medicamento impede que o vírus se desfaça ligando-se e bloqueando o poro central do M2. No entanto, os vírus influenza A desenvolveram resistência generalizada a esse medicamento, com variantes de resistência associadas à mutação S31N, em particular, sendo altamente prevalentes em vírus circulantes.
"A partir de junho de 2021, o CDC dos EUA não recomenda mais o uso de amantadina e seus derivados."
Os vírus influenza B e C também codificam proteínas com funções semelhantes, chamadas BM2 e CM2, respectivamente. Embora tenham pouca semelhança na sequência, sua estrutura e mecanismo são semelhantes. A capacidade de condução de prótons da proteína BM2 é semelhante à do M2 da gripe A, mas é completamente insensível à amantadina e seus derivados.
ConclusãoÀ medida que estudamos a proteína M2, estamos entendendo melhor como esse canal ajuda o vírus da gripe a entrar nas células. As propriedades únicas da proteína M2 fazem dela um alvo importante para encontrar novas terapias antivirais. Diante do vírus da gripe em constante mudança, podemos encontrar maneiras eficazes de combater esse patógeno perigoso?