Clostridium perfringens é onipresente na natureza. Esta bactéria patogênica Gram-positiva, em forma de bastonete, anaeróbica e formadora de esporos, muitas vezes se esconde em plantas em decomposição, no solo e nos intestinos de humanos e outros vertebrados. Não só é um dos agentes patogénicos de origem alimentar mais comuns, como também pode estar inconscientemente à espreita nas nossas mesas, causando potenciais crises.
Clostridium perfringens tem o tempo de geração mais curto de qualquer organismo conhecido, apenas cerca de 6,3 minutos, o que o torna um importante contribuinte para a contaminação de alimentos.
De acordo com pesquisas, C. perfringens é uma das causas mais comuns de intoxicação alimentar nos Estados Unidos. Embora em alguns casos a sua ingestão não represente um perigo para a saúde, isso não significa que valha a pena tomá-la levianamente. As infecções causadas por C. perfringens podem causar necrose tecidual grave e gangrena gasosa, que são resultado direto das toxinas produzidas pela bactéria.
A bactéria tem o nome das palavras latinas "per" (que significa "passar") e "frango" ("estourar"), que se referem ao dano tecidual que ocorre durante a gangrena gasosa. Estudos demonstraram que esta bactéria pode participar numa variedade de infecções agregadas anaeróbias. Na maioria dos casos, o seu papel na doença é menor, mas pode tornar-se uma bactéria patogénica sob certas condições.
A toxina de C. perfringens resulta da transferência horizontal de genes de plasmídeos de células vizinhas. Além disso, alterações na estrutura do seu genoma conferem frequentemente novas propriedades patogénicas, o que é crucial para a indústria alimentar, pelo que o controlo deste microrganismo é essencial para prevenir doenças de origem alimentar.
Os fatores de virulência da bactéria são divididos em enzimas que danificam a membrana, toxinas formadoras de poros, toxinas intracelulares e hidrolases, que podem ser encontradas em seus cromossomos e grandes plasmídeos. Em particular, as principais toxinas do C. perfringens, como a toxina alfa (CPA), estão intimamente relacionadas com a intoxicação alimentar. Quando a toxina entra no corpo humano, causa danos às membranas celulares e faz com que as células percam as suas funções normais.
O principal mecanismo da gangrena gasosa é a toxina alfa, que se fixa na membrana plasmática das células e perturba a função celular normal.
Em termos de segurança alimentar, C. perfringens geralmente existe após uma grande quantidade de cozimento. Embora tenha sido aquecido, pode se multiplicar e se tornar uma fonte de alimento porque é armazenado em temperaturas inseguras (ou seja, entre 4 graus Celsius e 60). graus Celsius). O risco de envenenamento sexual.
Os principais sintomas de intoxicação alimentar incluem diarreia e fortes dores abdominais, enquanto a infecção causada por C. perfringens pode levar a sintomas mais graves, como enterite necrose ou enterite de enchimento. Nestes casos, as bactérias multiplicam-se rapidamente no intestino e libertam exotoxinas, resultando em necrose intestinal e hemorragia.
Para a produção agrícola, especialmente a indústria avícola, cepas de C. perfringens resistentes a antibióticos são cada vez mais comuns, tornando o rastreamento e o estudo de alterações genômicas neste patógeno uma área vital. Através da sequenciação do genoma, podem ser identificadas novas estirpes patogénicas, o que é de grande importância para melhorar a segurança alimentar.
No entanto, o estudo desta bactéria não se limita ao âmbito da segurança alimentar, está também intimamente relacionado com os mecanismos de diversas doenças e a sua ligação com a saúde humana. Por exemplo, alguns estudos sugerem uma ligação entre C. perfringens e o desenvolvimento de esclerose múltipla, uma descoberta que está longe de ser totalmente compreendida.
A pesquisa sobre C. perfringens não é apenas uma consideração de segurança alimentar, mas também uma questão importante para a saúde pública.
Então, face a uma crise como a da C. perfringens escondida nas nossas vidas quotidianas, será necessário que façamos uma revisão aprofundada das nossas medidas de segurança alimentar?