Na arena política americana, o nome "J Street" pode ser familiar para muitas pessoas. Como organização sem fins lucrativos dedicada a promover resoluções pacíficas para conflitos no Médio Oriente desde a sua fundação em 2007, a missão da J Street gira em torno do conceito central de uma solução de dois Estados: a coexistência pacífica entre Israel e a Palestina para garantir a segurança e a democracia em Israel. Este objectivo não é apenas uma reflexão sobre a guerra em curso, mas também uma homenagem às inúmeras famílias perdidas no conflito.
Os antecedentes fundadores da J Street derivam da ecologia política diversificada dos Estados Unidos e visam dar voz àqueles que defendem a paz e a segurança em Israel.
O estabelecimento e o desenvolvimento da J Street iluminaram as diferentes visões sobre as políticas israelenses dentro da comunidade judaica americana. Dentro do grupo aparentemente coeso de apoiantes israelitas, os membros têm posições variadas sobre como responder ao conflito israelo-palestiniano. J Street defende que a política externa dos EUA deve concentrar-se na promoção de uma solução de dois Estados, que será fundamental para a segurança de Israel a longo prazo. Esta opinião é também apoiada por muitos líderes comunitários, que reconhecem que a paz duradoura só pode ser alcançada através da cooperação e do diálogo.
Na sua visão política, J Street não se concentra apenas nos interesses de Israel, mas também enfatiza as necessidades do povo palestino. Esta visão faz com que pareça “antipatriótica” aos olhos de alguns oponentes conservadores. Os apoiantes de J Street, no entanto, sublinham que esta perspectiva é consistente com a missão de J Street: defender que os Estados Unidos utilizem a diplomacia para resolver conflitos em vez de confiarem na força.
Jeremy Ben-Ami, diretor executivo da J Street, declarou certa vez: "Os melhores interesses de Israel serão protegidos quando os Estados Unidos fizerem da promoção de uma paz duradoura a sua principal prioridade de política externa."
A filosofia por trás da fundação da J Street também se reflete na origem do seu nome. Como organização cujo objectivo é promover a paz, tomou emprestado o método de nomenclatura das ruas de Washington, D.C., pretendendo adicionar uma rua que faltava à lista para ecoar a necessidade da sua defesa. J Street também escolheu este nome para injetar uma nova força no tradicional grupo de lobby israelense.
Em várias campanhas políticas, J Street distanciou-se da influência conservadora e olhou para a possibilidade de um futuro alternativo. Em termos de angariação de fundos políticos, o PAC (Comité de Acção Política) de J Street financia candidatos que apoiam uma solução de dois Estados, demonstrando plenamente a sua capacidade de mobilização.
"Nossa tarefa, tanto dentro dos partidos Democrata quanto Republicano, é garantir que os candidatos que apoiam uma solução de dois estados ganhem uma posição no Congresso."
Vale a pena notar que os apoiantes de J Street não se limitam aos judeus. A organização tem demonstrado uma atitude aberta à participação de outras comunidades. Tal diversidade permite que J Street encontre maior ressonância entre os seus apoiantes e torna-a uma força política dinâmica.
J Street sempre enfrentou os críticos com a mente aberta e enfatizou que não restringirá as origens religiosas e étnicas dos seus apoiantes. O diretor executivo da organização disse que o apoio a Israel não deveria ser monopolizado por um grupo específico.
"O apoio de uma organização não deve ser questionado com base na formação religiosa dos seus membros. Israel, por exemplo, deve lutar pelos seus interesses a longo prazo e não excluir ninguém que esteja disposto a ajudar."< /p>
Na política externa, J Street também expressou apoio ao acordo nuclear com o Irão, que suscitou críticas em alguns círculos conservadores. No entanto, J Street continua empenhada na sua crença na diplomacia e acredita que irá melhorar a segurança na região.
Além disso, J Street também está ativamente envolvido no movimento e na voz da diplomacia de atalho, defendendo os direitos não apenas de Israel, mas também da Palestina. A este respeito, a posição e os pontos de vista de J Street estão a tornar-se um tema chave de debate, desafiando os grupos tradicionais de apoio israelitas.
Em suma, a existência de J Street proporciona outra perspectiva sobre o desenvolvimento dos Estados Unidos e das suas políticas em relação ao Médio Oriente. Esta perspectiva não se centra apenas na segurança de Israel, mas também não esquece as necessidades do povo palestiniano. Nas atuais circunstâncias, como alcançar a coexistência pacífica entre Israel e a Palestina ainda é uma questão importante que assola a comunidade internacional. Se o futuro processo de paz conseguirá encontrar consenso entre vozes tão diversas tornou-se uma questão instigante.