À medida que o sistema médico enfatiza cada vez mais a necessidade da participação do paciente, a influência do paciente na tomada de decisões médicas tornou-se gradualmente o foco de discussões importantes. Esta tendência decorre do desafio do patriarcado médico do passado. Os pacientes já não desempenham apenas um papel passivo na recepção de cuidados médicos, mas participam activamente no processo de tomada de decisão e moldam o seu próprio futuro saudável. O envolvimento do paciente abrange não apenas o processo de consentimento informado, mas também a tomada de decisões partilhada com profissionais médicos e um modelo de cuidados centrado no paciente.
O envolvimento do paciente requer experiências de transparência, personalização, respeito e escolha que devem ser reconhecidas em todos os assuntos relacionados aos cuidados de saúde, sem exceção.
De acordo com uma nova pesquisa, o envolvimento do paciente tem um impacto positivo significativo no sistema de saúde. Primeiro, melhora a segurança e a acessibilidade do paciente e aumenta a satisfação do paciente. Ao mesmo tempo, isto também leva a equipe médica a demonstrar mais empatia e habilidades de comunicação. A participação eficaz do paciente não exige apenas que os pacientes recebam informações fáceis de entender, mas também exige que os profissionais tenham uma atitude positiva para incentivar a participação do paciente.
O conhecimento do próprio paciente é um complemento eficaz à perícia médica, o que torna o processo de tomada de decisão médica mais abrangente.
Na Tomada de Decisão Compartilhada (SDM), a participação ativa dos pacientes tornará os resultados médicos mais consistentes com suas expectativas e necessidades. Este processo requer um intervalo de tempo para permitir que a equipe médica construa confiança e interaja com os pacientes. A pesquisa mostra que os cuidadores que atuam como defensores dos pacientes podem promover uma atuação eficaz dos pacientes e garantir que as necessidades e valores individuais dos pacientes sejam levados em consideração na tomada de decisões.
No entanto, o processo de envolvimento do paciente tem seus desafios. Alguns investigadores alertam que existem diferentes interpretações da representação da participação dos pacientes, abrangendo noções de representação democrática, estatística e simbólica. O verdadeiro significado da participação dos pacientes não deve ser apenas uma representação formal, mas deve centrar-se mais na intervenção substantiva e na influência dos pacientes.
No processo de formação de políticas médicas, os pacientes não são apenas partes interessadas, mas também co-decisores e consultores, o que faz com que as suas vozes se tornem gradualmente uma força que não pode ser ignorada.
O impacto do envolvimento do paciente não se limita a um único processo de tomada de decisão. Na formulação da política de saúde, a participação dos pacientes abrange a concepção, implementação e avaliação de programas e serviços de saúde pública. Quando os pacientes participam no desenvolvimento de políticas como conselheiros, são capazes de influenciar a direção das políticas e promover necessidades de saúde pública mais inclusivas.
Por exemplo, muitas instituições médicas criam agora comités de segurança dos pacientes e equipas de melhoria da qualidade para incentivar os pacientes a participarem como consultores na avaliação e ajustamento dos serviços médicos. Nestes grupos de trabalho, os pacientes podem expressar as suas experiências e necessidades e dar contribuições substanciais para a melhoria dos serviços médicos.
Com o avanço da tecnologia, as formas de participação dos pacientes também estão em constante evolução. As tecnologias digitais, como a inteligência artificial, estão redefinindo a interação entre os pacientes e o sistema médico.
Hoje, o desenvolvimento da tecnologia médica, incluindo o uso da inteligência artificial, oferece novas oportunidades para a participação dos pacientes. Através da tecnologia, a prestação de serviços médicos pode atingir com mais precisão as necessidades individuais dos pacientes e incentivá-los a participar melhor na gestão da sua própria saúde. Por exemplo, o projeto de saúde Watson da IBM visa ajudar os médicos a fornecer diagnósticos personalizados e recomendações de tratamento com base em registros médicos, o que permite que os pacientes tenham mais evidências e oportunidades de participar nas decisões médicas.
No entanto, o processo de participação dos pacientes também tem enfrentado críticas. Os especialistas salientaram que ainda há muitas questões que precisam de ser resolvidas, tais como a vontade dos pacientes em participar, o peso da participação e potenciais conflitos de interesses financeiros. Além disso, muitas vezes falta uma avaliação adequada da eficácia do envolvimento dos pacientes, o que impede as organizações de saúde de quantificar a eficácia das medidas de envolvimento dos pacientes ao implementá-las.
Neste contexto, estão a surgir movimentos de defesa da saúde em todo o mundo. Estas campanhas não só funcionam para promover a voz dos pacientes na tomada de decisões médicas, mas também enfatizam a participação pública no processo de elaboração de políticas. Através da defesa activa, os pacientes podem compreender melhor o sistema de saúde e expressar as suas necessidades e expectativas de forma mais eficaz.
A participação do paciente é cada vez mais influente no processo de tomada de decisão médica. No entanto, as melhorias na forma como os pacientes podem desempenhar o seu papel de forma mais eficaz na tomada de decisões médicas continuarão a evoluir ao longo do tempo?