À medida que a epidemia de COVID-19 se desenvolve, o surgimento de cepas mutantes alertou especialistas em todo o mundo. Entre elas, destaca-se a variante brasileira P.1 (variante Gama). Quando os cientistas confirmaram pela primeira vez a existência da variante em janeiro de 2021, ela já havia causado infecções em larga escala. Sua taxa de transmissão, risco de morte e capacidade potencial de escapar da proteção imunológica deixam as pessoas cheias de dúvidas sobre a direção futura da epidemia.
A variante P.1 foi detectada pela primeira vez no Japão e mais tarde foi confirmada sua rápida disseminação no estado do Amazonas, no Brasil. Segundo relatos, essa variante tem 17 substituições de aminoácidos, 10 das quais aparecem em sua proteína spike, especialmente as três mutações N501Y, E484K e K417T, dignas de atenção especial. Essas mutações tornam a P.1 mais contagiosa e letal do que sua cepa original, a variante B.1.1.28, tornando-a uma importante representante entre as cepas mutantes.
Estudos mostram que pessoas infectadas com a variante P.1 têm uma taxa maior de infecção e risco de morte do que aquelas infectadas com B.1.1.28.
No início de 2021, a variante P.1 se escondeu e se espalhou em Manaus, Brasil. Embora a cidade já tivesse passado por uma pandemia em maio de 2020, a chegada da P.1 desencadeou novamente uma epidemia em larga escala. A rápida disseminação dessa variante colocou muita pressão no sistema médico. Muitas pessoas infectadas enfrentam altas cargas virais, o que torna seu tratamento mais desafiador.
Um estudo mostra que a variante P.1 pode produzir quase 10 vezes a carga viral de outras pessoas infectadas com COVID-19.
A variante P.1 pertence à evolução de B.1.1.28. Além da P.1, esta série também inclui variantes como P.2, P.3 e P.4. Especialmente no Brasil, há uma competição significativa entre diferentes variantes, com o domínio da P.1 ofuscando as outras. De acordo com os dados, a P.1 é como um azarão em uma "competição de mutações", derrotando facilmente a variante P.2, que não recebeu tanta atenção.
Em relação à disseminação da variante P.1, o governo brasileiro e a Organização Mundial da Saúde continuam enfatizando a importância das medidas de prevenção à epidemia. Embora a vacinação possa fornecer um certo grau de proteção, à medida que variantes continuam a surgir, a comunidade científica percebe que depender apenas de vacinas não é suficiente. Diante das mudanças na variante P.1, medidas como testagem mais frequente, manutenção do distanciamento social e uso de máscaras continuam sendo meios importantes para combater a epidemia.
À medida que a variante P.1 se torna prevalente, pesquisas científicas também mostram que ela é capaz de escapar até certo ponto da resposta imune produzida por infecções anteriores ou vacinação. Isso significa que mesmo pessoas que foram vacinadas ainda podem ser infectadas novamente. Estudos descobriram que a capacidade neutralizante das vacinas Pfizer e Moderna contra a variante P.1 é significativamente reduzida, o que representa um desafio para a sustentabilidade da imunidade após a vacinação.
Estudos mostram que pessoas vacinadas com a CoronaVac têm uma duração limitada de resposta de anticorpos à variante P.1, e mais pesquisas são necessárias para verificar esse resultado.
O surgimento da variante P.1 não apenas revela a frequência das mutações da COVID-19, mas também estimula a reformulação global das vacinas contra a COVID-19 e sua eficácia. Com o surgimento das variantes Ômicron e Delta, os desafios que enfrentamos estão aumentando, e como controlar efetivamente o surgimento de novas variantes e prevenir potenciais pandemias no futuro é, sem dúvida, a questão mais urgente a ser respondida.
À medida que as variantes da COVID-19 continuam a se espalhar pelo mundo, isso significa que podemos enfrentar mais desafios semelhantes à P.1 no futuro?