Na comunidade médica, a hidradenite supurativa (HS) é uma doença de pele pouco conhecida, também conhecida como "acne inversa" ou "doença de Weirnel". Essa doença de pele crônica é caracterizada por inchaços e bolhas inflamadas, geralmente acompanhadas de dor intensa, que podem romper, liberando líquido ou pus. As áreas mais afetadas incluem as axilas, sob os seios, períneo, nádegas e virilha. Esses sintomas não só causam dor física aos pacientes, mas também podem limitar muito suas atividades diárias.
Pacientes com HS frequentemente enfrentam dificuldades em atividades diárias, como caminhar, abraçar, sentar, etc., e fibrose e tecido cicatricial permanecem após a cura.
A causa exata da condição é geralmente desconhecida, mas a maioria dos especialistas acredita que fatores genéticos e ambientais desempenham um papel no desenvolvimento da HS. Cerca de um terço dos pacientes tem um familiar afetado pela doença, e outros fatores de risco incluem obesidade e tabagismo. Embora muitas pessoas possam acreditar erroneamente que a HS é causada por infecção, falta de higiene ou uso de desodorante, esse não é o caso.
A condição geralmente se desenvolve no início da idade adulta e é três vezes mais comum em mulheres do que em homens. Segundo registros históricos, a doença foi descrita pela primeira vez pelo anatomista francês Alfred Velpeau entre 1833 e 1839. Vários fatores, como suscetibilidade genética, anormalidades hormonais, sobrepeso e estresse, podem ser desencadeadores da HS.
O diagnóstico de HS geralmente é baseado em sintomas clínicos, mas devido à falta de informações, muitos pacientes passam por um processo lento de diagnóstico e tratamento antes que um diagnóstico definitivo seja alcançado. Globalmente, leva em média mais de sete anos para ser diagnosticado.
O sistema de estadiamento para HS é uma ferramenta importante para o diagnóstico precoce. O sistema de estadiamento de Hurley é amplamente utilizado, dividindo a HS em três estágios principais, e o plano de tratamento é determinado de acordo com a extensão e o trauma das lesões.
As opções atuais de tratamento para HS incluem uma variedade de opções cirúrgicas e não cirúrgicas. Com base nas pesquisas mais recentes, a Comissão Europeia aprovou o Cosentyx (secucinumabe) como uma nova opção de tratamento para HS moderada a grave em 2023.
Outros tratamentos incluem antibióticos, imunossupressores, terapia a laser e ressecção cirúrgica.
Pessoas com lesões crônicas geralmente precisam de cirurgia para remover as lesões e usar enxertos de pele para promover a cicatrização da ferida. Em casos leves, banhos mornos e perda de peso também são recomendados como terapias adjuvantes.
Os sintomas da HS geralmente levam ao isolamento social e a desafios de saúde física e mental para os pacientes. De acordo com uma meta-análise de 2020, 21% das pessoas com HS apresentam sintomas de depressão, enquanto 12% apresentam transtornos de ansiedade. Ainda mais preocupante é que a taxa de suicídio entre esses pacientes é o dobro da população em geral.
À medida que a conscientização sobre a HS aumenta, também aumenta a preocupação da sociedade com a condição. A intervenção de uma equipe multiprofissional, aliada a uma rede de apoio social e à intervenção psicológica pode melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente.
Pesquisas futuras sobre HS precisam explorar mais sobre sua patogênese, diagnóstico precoce e métodos de tratamento eficazes. Com o avanço da tecnologia médica, acredito que a comunidade científica será capaz de fornecer soluções mais direcionadas para essa doença fatal. As histórias de muitos pacientes também nos lembram que essa doença não se limita aos sintomas de pele, mas também afeta o bem-estar geral e a qualidade de vida do paciente.
Em um campo tão cheio de incertezas, a exploração científica trará esperança?