A Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC) é uma proliferação anormal de células na superfície do colo do útero. Essa alteração pode eventualmente levar ao câncer cervical. Na verdade, a NIC representa alterações potencialmente pré-cancerosas nas células do colo do útero, especificamente na zona de transição entre o epitélio cilíndrico e escamoso – a junção da coluna escamosa do colo do útero. A condição é dividida em três níveis principais, que avaliam o quão anormais são as células.
A NIC geralmente não apresenta sinais e sintomas óbvios. É claro que, se o câncer cervical se desenvolver, você poderá sentir alguns sintomas comuns, como:
Sangramento anormal ou pós-menopausa
Secreções anormais
Alterações na função da bexiga ou intestino
Dor pélvica
A principal causa da NIC é a infecção persistente por HPV (papilomavírus humano), especialmente os tipos de alto risco, como os tipos 16 ou 18. A infecção por HPV de alto risco pode afetar genes supressores de tumor, como o gene p53 e o gene RB, levando à proliferação celular anormal e ao acúmulo de mutações.
Certos grupos de mulheres correm maior risco de desenvolver NIC, incluindo:
Infecção por tipos de HPV de alto risco (como tipos 16, 18, 31 ou 33)
Sistema imunológico baixo (por exemplo, infecção por HIV)
Maus hábitos alimentares
Múltiplos parceiros sexuais
Não usar preservativos
Fumar
A alteração microscópica precoce da NIC é a proliferação anormal do epitélio cervical, que é quase indetectável pelas mulheres. Essas alterações ocorrem principalmente na junção da escala e da coluna, que é uma área instável e propensa a alterações anormais. Além disso, alterações celulares causadas pela infecção pelo HPV, como alterações coilocíticas, também são comuns na NIC. Embora a infecção pelo HPV seja necessária para o desenvolvimento de NIC, a maioria dos indivíduos infectados não desenvolverá lesões de alto grau ou câncer.
Os testes de HPV, como o teste Digene HPV, são altamente precisos e são uma ferramenta de detecção eficaz para confirmar NIC. O processo de triagem geralmente envolve um exame de Papanicolaou seguido de colposcopia, que realiza biópsias de tecidos para identificar lesões existentes.
O diagnóstico de NIC ou câncer cervical requer uma biópsia de tecido para análise histológica.
A NIC é dividida em três graus com base no grau de anormalidade das células. Em 1988, o Instituto Nacional do Câncer desenvolveu o "Sistema Bethesda" para descrever uniformemente células epiteliais anormais para orientar o manejo clínico. Diferentes graus de alterações celulares foram reclassificados como lesões epiteliais fecais de baixo ou alto grau (LSIL ou HSIL) para fornecer uma orientação clínica mais clara.
A triagem é feita principalmente por meio de exames de Papanicolau e testes de HPV. As agências de orientação em saúde recomendam exames regulares para detectar precocemente a doença. A vacina contra o HPV é a principal estratégia para prevenir a NIC e o cancro do colo do útero. Embora a vacina não consiga prevenir todos os tipos de infecção pelo HPV, ainda é necessário fazer rastreios regulares.
O tratamento imediato geralmente não é recomendado para NIC 1 (anormalidade leve) porque a maioria dos sintomas desaparece por conta própria dentro de um ano. Em contraste, os pacientes com NIC 2 e acima necessitam de ressecção cirúrgica ou outros procedimentos de ablação para remover células anormais.
Os métodos de tratamento incluem crionecrose, eletrocautério, ablação a laser, etc., mas podem aumentar o risco de gravidez futura.
Na realidade, a maioria dos casos de NIC se reverterá e 70% dos casos de NIC 1 desaparecerão dentro de um ano. Estima-se que 250.000 a 1 milhão de mulheres nos Estados Unidos são diagnosticadas com NIC a cada ano, sendo que a condição afeta mais mulheres entre 25 e 35 anos.
É extremamente importante popularizar o conhecimento sobre a NIC, pois o rastreio regular e a detecção precoce são medidas importantes para prevenir o cancro do colo do útero. Mas depois de entender a relação entre NIC e câncer de colo do útero, você também percebe a importância de prestar atenção aos exames de saúde?