As origens ocultas da União Europeia: como ela evoluiu a partir de três grandes comunidades?

A formação da União Europeia (UE) foi uma das cooperações internacionais mais importantes da história. Suas origens remontam à década de 1950, quando três organizações internacionais — a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), a Comunidade Europeia da Energia Atômica (CEEA ou Euratom) e a Comunidade Econômica Europeia (CEE) — uniram a força econômica das nações. Essas três comunidades não são apenas independentes em lei, mas também interdependentes na prática, formando a pedra angular da atual União Europeia.

A criação dessas três comunidades marcou um avanço na cooperação econômica entre os países europeus, com o objetivo de promover a paz e a prosperidade.

A Comunidade Europeia do Carvão e do Aço foi criada em 1951 com o Tratado de Paris, que visava reduzir as tensões entre os estados-membros por meio da gestão conjunta desses recursos essenciais. À medida que a cooperação econômica se tornou mais bem-sucedida, a necessidade de estabelecer mais organizações cooperativas também aumentou. Embora as tentativas iniciais de estabelecer uma Comunidade Europeia de Defesa e uma Comunidade Política Europeia tenham falhado, esse resultado permitiu que os países retornassem às questões econômicas.

A criação da CEEA e da CEE em 1957 fortaleceu ainda mais esta estrutura de cooperação. Enquanto a CEEA se concentrava na cooperação em energia atômica, a CEE visava criar uma união aduaneira e promover a colaboração econômica geral, que mais tarde evoluiu para o atual Mercado Único Europeu. A CEE foi renomeada Comunidade Europeia pelo Tratado de Maastricht em 1993 e se tornou o primeiro pilar da União Europeia.

Vale a pena notar que a estrutura dessas comunidades evoluiu diversas vezes ao longo do tempo. Pelo Tratado de Fusão de 1967, as estruturas administrativas das três comunidades foram unidas para formar um sistema institucional comum. Isso fez com que as instituições da Comunidade Europeia assumissem o controle não apenas de seus próprios assuntos, mas também dos assuntos da Euratom e da CECA. Essa mudança é crucial para a unificação da Europa.

A assinatura do Tratado de Maastricht não apenas integrou as três principais comunidades, mas também criou a União Europeia, uma plataforma de intercâmbio internacional maior.

Embora Maastricht tenha criado a estrutura da União Europeia, a Comunidade Europeia como entidade jurídica não foi finalmente fundida com os outros pilares até a entrada em vigor do Tratado de Lisboa em 2009. Isso faz com que a UE não seja mais apenas um conceito, mas uma organização internacional com personalidade jurídica.

No entanto, a União Europeia não é completamente unificada; por exemplo, a Euratom compartilha algumas instituições com a UE, mas permanece independente. Isso também desencadeou uma discussão contínua sobre o futuro da integração europeia.

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, os países europeus passaram pela assinatura de muitos tratados e ajustes de políticas públicas no processo de cooperação. Esta história não é apenas a cristalização da geopolítica, mas também um símbolo dos esforços dos países europeus em direção ao objetivo de uma integração mais estreita. No entanto, deveríamos considerar mais possíveis direções e desafios para o futuro desta cooperação?

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