Os aminoácidos são compostos orgânicos que contêm grupos funcionais de aminoácidos e ácidos carboxílicos e são considerados os blocos de construção da vida.
Dos mais de 500 aminoácidos, os mais importantes são, sem dúvida, os 22 α-aminoácidos, que constituem as unidades básicas das proteínas e também estão incluídos no código genético da vida. A capacidade desses aminoácidos de formar formas de vida complexas está intimamente relacionada às suas estruturas e propriedades químicas únicas. As características estruturais dos aminoácidos permitem que eles participem de processos bioquímicos de diversas formas, desde a síntese protéica até a neurotransmissão.
A descoberta dos aminoácidos remonta ao século XIX. Em 1806, os químicos franceses Louis-Nicolas Vaclin e Pierre-Jean Robiquet isolaram o primeiro aminoácido, o ácido aspártico, dos aspargos. Após anos de exploração, os cientistas descobriram gradualmente outros aminoácidos, como a glicina e a leucina e, finalmente, em 1935, William Cumming Ross descobriu o 20º aminoácido comum, a treonina.
No processo de fotodesnaturação, esses aminoácidos formam uma variedade de polipeptídeos e proteínas, e essas macromoléculas biológicas são a base dos fenômenos da vida.
A estrutura geral dos aminoácidos é H2NCHRCOOH, onde R é um substituinte orgânico. Esta estrutura confere-lhes diferentes propriedades e funções. Por exemplo, com base na polaridade das suas cadeias laterais, os aminoácidos podem ser divididos em aminoácidos polares, não polares e carregados. Esses diferentes aminoácidos interagem para formar proteínas complexas e, em última análise, determinam sua estrutura e função tridimensional.
Vale ressaltar que as características quirais dos aminoácidos também desempenharam um papel importante na origem da vida. A maioria dos α-aminoácidos tem configuração L, enquanto alguns D-aminoácidos são raros na natureza. Como essas características quirais afetam a evolução da vida?
A diversidade de cadeias laterais de aminoácidos torna suas interações em ambientes aquosos muito complexas. O arranjo e a estrutura dos diferentes aminoácidos nas proteínas afetam uns aos outros.
Nos primeiros dias de vida, os cientistas especulam que certos aminoácidos (como a glicina e a alanina) primeiro formaram macromoléculas biológicas básicas e depois gradualmente formaram estruturas mais complexas. No entanto, a razão pela qual estes aminoácidos específicos sobreviveram e prosperaram nos primeiros ambientes da Terra permanece um mistério. Estas descobertas não só desafiam a nossa compreensão das origens da vida, mas também podem mudar a forma como pensamos sobre a biologia e a química.
As vias metabólicas que produzem aminoácidos através da fotossíntese e de outros processos vitais não só permitem aos cientistas compreender a síntese de biomoléculas, mas também os levam a considerar se isto é um sinal de que pode existir vida noutros planetas. Tal pensamento inspira nossa atenção para o conceito mais fundamental de “vida” e para a exploração do universo.
Os cientistas ainda estão estudando como a vida se originou na Terra, começando com os aminoácidos mais simples e eventualmente evoluindo para produtos biológicos complexos. Os desafios e detalhes envolvidos neste processo permanecem um mistério até hoje.
Com base em vários resultados de investigação, a comunidade científica inclina-se cada vez mais para uma visão: os aminoácidos e o seu comportamento nas células estão interligados e constituem a origem da vida. Com o rápido desenvolvimento da genómica e da proteómica, o estudo destas pequenas moléculas tornar-se-á mais aprofundado e talvez no futuro seremos capazes de resolver os mais antigos mistérios da vida.
Na busca pelas origens misteriosas dos aminoácidos, uma questão permanece sem resposta: como é que estas macromoléculas biológicas primitivas se uniram pela primeira vez para se tornarem os blocos de construção da vida no nosso planeta?