As relações internacionais durante a Guerra Fria foram dominadas por inúmeras ameaças e as políticas de armas nucleares, como uma importante estratégia militar, permitem-nos pensar sobre como prevenir eficazmente a eclosão do conflito. Este artigo se aprofundará nos conceitos centrais, na história do desenvolvimento e na aplicação da teoria da dissuasão na Guerra Fria.
A teoria da dissuasão visa usar a força através de ameaças para dissuadir os oponentes de agirem facilmente. Esta teoria é particularmente aplicável no contexto das armas nucleares porque envolve como apresentar uma ameaça credível a um adversário a um custo extremamente elevado. A dissuasão difere de outras formas de coerção (como a persuasão) na medida em que se destina a manter o status quo em vez de o alterar.
Nos estudos de segurança internacional, o objectivo fundamental da dissuasão é impedir que os líderes nacionais emitam ameaças militares e evitar que a cooperação diplomática e militar se transforme em crises ou conflitos militares.
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, o início da Guerra Fria marcou uma nova era geopolítica. Durante este período, os Estados Unidos e a União Soviética competiram globalmente e as armas nucleares tornaram-se a peça central das políticas de dissuasão de ambos os países. O General da Força Aérea dos EUA, Curtis LeMay, enfatizou em um discurso em 1945 que um oponente não ousaria atacar a menos que sentisse claramente uma forte ameaça.
Ele salientou: "Se estivéssemos preparados, talvez não houvesse conflito." Esta visão afectava directamente a estratégia militar durante a Guerra Fria.
A teoria da dissuasão pode ser dividida em vários aspectos importantes, incluindo a dissuasão direta e a dissuasão estendida. A dissuasão direta visa prevenir ataques ao próprio território, enquanto a dissuasão estendida visa fornecer proteção aos aliados.
A chave para uma dissuasão bem sucedida é que os potenciais atacantes devem acreditar que a probabilidade de sucesso do seu ataque é baixa e que o custo do ataque é muito elevado. Uma doutrina de dissuasão bem sucedida exige a garantia de que a ameaça é credível, o que significa ter capacidades militares adequadas para responder a qualquer possível acto de agressão.
A dissuasão é amplamente utilizada nas relações internacionais para evitar conflitos, liberando informações de resposta militar ao inimigo para encorajar a outra parte a desistir facilmente do comportamento agressivo.
Muitos eventos importantes da Guerra Fria foram posicionados na aplicação da teoria da dissuasão. Por exemplo, a crise dos mísseis cubanos (1962) é um evento muito representativo. Nestas circunstâncias, os Estados Unidos forçaram a União Soviética a retirar os seus mísseis de Cuba e, finalmente, conseguiram evitar uma guerra nuclear através da dissuasão.
Com o fim da Guerra Fria, a política de dissuasão das armas nucleares mantém-se, mas a dinâmica de segurança em todo o mundo mudou significativamente. Novas ameaças (como o terrorismo e os conflitos regionais) desafiam a teoria tradicional da dissuasão, fazendo com que os académicos e os decisores políticos reexaminem a forma de utilizar eficazmente a dissuasão.
Além disso, a dissuasão não depende apenas da superioridade militar, mas também deve prestar igual atenção aos meios políticos e às estratégias diplomáticas.
À medida que a situação de segurança global muda, a aplicação eficaz da teoria da dissuasão continua a ser uma ferramenta importante na prevenção de conflitos. Provou o seu valor durante a Guerra Fria. Como se desenvolverá no futuro para enfrentar novos desafios?