A história por trás das eleições de 2024 no Japão: por que o primeiro-ministro Shigeru Ishiba está tão ansioso para dissolver o parlamento?

Em 27 de outubro de 2024, o Japão realizou eleições antecipadas para a câmara baixa do parlamento. Por trás desta eleição estava a decisão urgente do primeiro-ministro Shigeru Ishiba, bem como uma série de escândalos dentro do governo e a insatisfação pública. Depois de Shigeru Ishiba ter sido eleito o novo presidente do Partido Liberal Democrático (LDP) em 27 de setembro, ele anunciou a dissolução do Congresso há menos de um mês, numa tentativa de obter a confiança pública. A pressa e a intenção desta decisão fazem as pessoas pensarem: existe um cálculo político mais profundo escondido sob as fortes tácticas políticas?

Os resultados destas eleições foram um duro golpe para a coligação no poder, com o LDP a perder a maioria na Câmara dos Comuns pela primeira vez e a enfrentar o segundo pior resultado eleitoral da sua história.

Sob a administração de Shigeru Ishiba, o Japão está passando por uma série de crises políticas. O ex-primeiro-ministro Fumio Kishida foi forçado a renunciar devido aos baixos índices de aprovação e aos escândalos contínuos. A crescente oposição interna e uma crise de confiança no governo no meio de um escândalo de corrupção envolvendo membros do Partido Liberal Democrata levaram a uma acção rápida de Ishiba.

Os antecedentes da renúncia de Kishida

Desde 2021, Kishida Fumio encontrou muitos desafios durante sua administração, incluindo condenação pública e protestos causados ​​por sua associação com a Igreja da Unificação após o assassinato de Shinzo Abe em 2022. Como resultado, o índice de aprovação do seu gabinete caiu drasticamente, caindo para 17% numa sondagem de dezembro de 2023. Tudo isso fez com que Kishida não conseguisse reverter a situação nas eleições suplementares de abril de 2024 e finalmente anunciou em 14 de agosto que não buscaria a reeleição.

"A destituição de Kishida não é apenas um fracasso pessoal, mas também reflete as lutas do LDP no atual ambiente político."

Decisão eleitoral de Ishiba Shigeru

Depois que Ishiba assumiu a posição de liderança do PLD, ele rapidamente decidiu organizar eleições antecipadas. Esta estratégia parecia ser um método que ele esperava para restaurar a confiança. Em 30 de outubro, Ishiba anunciou oficialmente a data das eleições, dissolvendo a câmara baixa apenas oito dias após a sua posse, uma medida que se tornou um dos acordos eleitorais mais rápidos desde a Segunda Guerra Mundial.

Esta série de reorganizações tornou a competição eleitoral mais intensa. Muitos partidos políticos reelegeram novos líderes partidários. O Partido Democrata e outros partidos da oposição também reforçaram as suas listas de candidatos, na esperança de aproveitar a oportunidade para ganhar mais. assentos.

"Estas eleições não são apenas um teste para o LDP, mas também um testemunho das mudanças irreversíveis na situação política do Japão."

Impacto dos resultados eleitorais

Os resultados finais das eleições foram um grande golpe para a coligação governante. Os assentos do LDP e do seu aliado Komeito caíram significativamente. Por outro lado, o principal partido da oposição, o Partido Democrático Constitucional, obteve um ganho significativo, passando de 96 para 148 assentos, criando o melhor feito da história.

“Precisamos repensar como o cenário político do Japão evoluirá no futuro.”

A participação nestas eleições também reflectiu a insatisfação pública com o status quo, sendo de apenas 53,84%, mais uma vez inferior ao anterior. Nestas eleições, para além da coligação no poder, o maior prejudicado foi o Partido Komeito, que já foi o mais forte no parlamento. Perdeu todos os seus assentos em Osaka. A ascensão das forças de oposição emergentes remodelou sem dúvida o cenário da competição partidária.

Conclusão

Com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba a enfrentar um ambiente político caótico e inquieto, a sua decisão de dissolver o Congresso é, sem dúvida, uma medida arriscada. Agora que os resultados eleitorais foram anunciados, qual é a direção futura da política?

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