Na sociedade moderna, o fenômeno da insensibilidade emocional tem gradualmente atraído atenção. Seja em reportagens de notícias, pesquisas psicológicas ou nas pessoas ao nosso redor, as respostas emocionais a eventos tristes costumam ser confusas. Por que algumas pessoas parecem não reagir a uma tragédia repentina? Esse entorpecimento emocional pode estar relacionado a uma variedade de problemas de saúde mental e mecanismos fisiológicos.
A dormência emocional não é uma ausência completa de emoção, mas uma dificuldade em expressá-la.
A dormência emocional, também conhecida como embotamento emocional, refere-se à diminuição das respostas emocionais de um indivíduo. Essa condição faz com que pareçam indiferentes diante de eventos que deveriam causar uma forte resposta emocional. A insensibilidade emocional pode resultar de uma variedade de transtornos de saúde mental, incluindo autismo, esquizofrenia, depressão e transtorno de estresse pós-traumático.
Tipos de dormência emocionalA emoção contraída é uma redução na amplitude de expressões e intensidade das respostas emocionais. Essas pessoas expressam emoções mais limitadas e até mesmo têm respostas emocionais fracas quando enfrentam eventos importantes.
Emoções embotadas são mais severas do que emoções contraídas. Pacientes não mostram quase nenhuma mudança em suas expressões emocionais e têm reações muito fracas a eventos ao redor. Emoções planas são caracterizadas por uma quase completa ausência de emoção.
A base fisiológica do entorpecimento emocionalPessoas com embotamento afetivo podem não reagir de forma alguma, mesmo a coisas às quais as pessoas normalmente reagiriam com forte emoção.
Pessoas que sofrem de dormência emocional podem ter diferenças na estrutura cerebral, sugere pesquisa. Regiões específicas do cérebro estão associadas ao processamento de emoções, como o sistema límbico e o córtex pré-frontal, e níveis anormais de ativação nessas regiões cerebrais podem estar relacionados ao desenvolvimento de dormência emocional.
Em pacientes com esquizofrenia, demonstrações de afeto plano são frequentemente acompanhadas por atividade reduzida nas estruturas límbicas. Essas estruturas são responsáveis pela interpretação e resposta às emoções e, quando danificadas, o processamento emocional é afetado.
O córtex pré-frontal normalmente responde a estímulos emocionais externos em indivíduos saudáveis, mas em pacientes esquizofrênicos com emoções fracas, a atividade nessa área não aumentou como esperado.
A dormência emocional é comum em pessoas com transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Isso ocorre porque, quando enfrentam experiências traumáticas do passado, seus mecanismos psicológicos se protegem, fazendo com que se afastem dos estímulos emocionais ao seu redor. Muitos veteranos de combate frequentemente relatam sentir-se emocionalmente embotados.
Os médicos precisam ser cautelosos ao avaliar os estados emocionais dos pacientes porque diferenças culturais e fatores de medicação podem afetar as expressões emocionais. A dormência emocional muitas vezes se sobrepõe a sintomas como transtornos de humor, depressão e estresse pós-traumático.
ConclusãoPor meio da discussão acima, podemos ver que o fenômeno do entorpecimento emocional não afeta apenas a expressão emocional pessoal, mas também tem fatores fisiológicos e psicológicos mais profundos por trás dele. Para aqueles que sentem tristeza, mas permanecem apáticos, isso é realmente um reflexo de seu estado interior ou é um mecanismo de defesa de sobrevivência diante de suas emoções?