A hipótese do impacto gigante recebeu ampla atenção desde que foi proposta pela primeira vez pelo geólogo canadense Reginald Daly em 1946. Essa hipótese tem sido considerada a principal teoria científica para explicar a formação da Lua e desencadeou inúmeras discussões sobre a relação entre a Terra e a Lua. De acordo com essa hipótese, um planeta do tamanho de Marte (chamado Theia) colidiu violentamente com a Terra no período inicial da Terra, há 4,5 bilhões de anos, e os ejetos causados por esse impacto acabaram formando a Lua.
A hipótese sugere que a Lua pode ter sido formada por um impacto direto, em vez de forças rotacionais, como teorias anteriores sugeriam.
Vários estudos mostraram que a órbita da Lua é semelhante à rotação da Terra, o que apoia essa hipótese. Além disso, amostras de rochas da Lua apresentam as mesmas proporções de isótopos estáveis que as rochas da Terra, reforçando ainda mais a ideia de que elas podem ter uma origem comum. No entanto, essa hipótese ainda deixa alguns mistérios sem solução, como: Como a lua se formou após esse impacto gigante? Por que Vênus sofreu um impacto semelhante, mas a Lua não?
Contexto históricoNo final do século XIX, George Darwin propôs que a Terra e a Lua já foram uma única entidade que se separou ao longo do tempo. No entanto, Daly contestou essa visão, argumentando que a formação da Lua estava mais provavelmente relacionada a um impacto. Desde então, com a realização de muitas conferências acadêmicas, a hipótese do impacto gigante gradualmente ganhou amplo reconhecimento na comunidade acadêmica.
De acordo com teorias modernas de formação de planetas, Theia já foi um corpo do tamanho de Marte em nosso sistema solar que compartilhava uma órbita com a Terra. O apelo dessa hipótese é que ela explica o layout da Lua e da Terra durante sua formação.
A Natureza de TheiaO nome Theia vem da deusa Titã da mitologia grega, que é considerada a mãe da deusa da lua Selene. O nome foi dado para enfatizar a conexão entre Theia e a Lua. Cientistas propuseram que esse protoplaneta hipotético teria composição semelhante à da Terra, tornando mais provável uma colisão entre os dois, levando à formação da atual Lua.
"Um impacto em escala planetária parece ter fornecido a energia cinética necessária para a formação da Terra e da Lua."
Os cientistas acreditam que a colisão entre Theia e a Terra ocorreu entre 4,4 e 4,5 bilhões de anos atrás, quando a Terra estava quase totalmente formada. Diferentes simulações de computador sugerem que o impacto ocorreu a uma velocidade relativamente baixa e atingiu a Terra em um ângulo de cerca de 45 graus. Um impacto tão violento não apenas forneceu a energia necessária para formar a Lua, mas também forneceu impulso adicional ao sistema Terra-Lua, explicando as características de alto momento angular desse sistema.
Amostras de rochas recuperadas durante os pousos da Apollo na Lua mostraram proporções de isótopos de oxigênio quase idênticas às das rochas da Terra, fornecendo uma base factual para a hipótese do impacto gigante. Além disso, o estudo mostra que se a Lua tivesse um núcleo de aço, seu diâmetro não seria maior que 25% do raio da Lua, o que é muito diferente das proporções de diâmetro do núcleo de outros planetas. Essas visões enfatizam mais uma vez a confiabilidade da hipótese de que Theia pode ser a "mãe" da lua.
Embora a hipótese do impacto gigante seja predominante no meio acadêmico, ela ainda enfrenta muitos desafios e questões. Por exemplo, a Terra formou um oceano global de magma após o impacto? Esta hipótese ainda não foi totalmente apoiada por evidências. Além disso, a Lua tem menos elementos voláteis que a Terra, e a presença de água, por exemplo, também representa um desafio à teoria do impacto de alta temperatura.
Considerando todos os fatores e perspectivas mencionados acima, a conexão entre Theia e a Lua continua sendo um mistério não resolvido na astronomia contemporânea e na ciência planetária. Podemos descobrir o quadro completo deste planeta perdido? Essa questão ainda precisa ser respondida por futuras explorações científicas?