Ao longo da história, as sociedades humanas tiveram atitudes variadas em relação à homossexualidade, principalmente entre culturas e períodos de tempo. Tradicionalmente, muitos grupos étnicos e religiões estigmatizam ou rejeitam relacionamentos homossexuais e até impõem punições severas. Ao nos aprofundarmos nas raízes dessas culturas e religiões, podemos entender melhor as histórias por trás delas.
Muitas culturas ao redor do mundo historicamente viram a relação reprodutiva como a norma de comportamento sexual, e algumas culturas também aceitaram expressões homossexuais.
A condenação do comportamento homossexual é particularmente proeminente em algumas religiões baseadas nas tradições abraâmicas. Por exemplo, representações negativas de relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo existem nos textos clássicos do cristianismo, judaísmo e islamismo. Muitos crentes acreditam que os valores transmitidos por esses textos religiosos são verdades morais imutáveis e, portanto, são relativamente pouco receptivos à homossexualidade.
De acordo com uma pesquisa do Pew Research Center, o nível de aceitação na América do Norte e na Europa é significativamente maior do que em países islâmicos e alguns países africanos. A pesquisa descobriu que "a aceitação da homossexualidade é particularmente alta em países com crenças religiosas mais baixas e economias mais ricas".
As diferenças na aceitação da homossexualidade entre os países podem ser explicadas por três fatores: a força do sistema democrático, o grau de desenvolvimento econômico e a origem religiosa do local de residência.
No passado, percepções negativas da homossexualidade não só decorriam de crenças religiosas, mas também estavam profundamente enraizadas nas tradições culturais. As expectativas de certas sociedades em relação ao comportamento sexual, muitas vezes ligadas à fertilidade, podem levar à rejeição de comportamentos sexuais não tradicionais. Em tal ambiente, a expressão da homossexualidade será, sem dúvida, vista como um desafio aos valores tradicionais.
Quando se trata de explicar gênero e orientação sexual, no entanto, os estudiosos modernos também alertam contra a imposição de entendimentos ocidentais contemporâneos de gênero em outras culturas. A homossexualidade em algumas culturas não é considerada homossexualidade na área local. Por exemplo, a cultura Bugis da Indonésia considera algumas mulheres como o terceiro gênero, e seus relacionamentos com outras mulheres não são considerados do mesmo sexo.
No nível espiritual ou nos relacionamentos interpessoais, muitos crentes veem a homossexualidade como uma violação da lei divina, desencadeando assim forte condenação moral.
Na sociedade atual, as opiniões de muitas pessoas mudam com o passar do tempo. Desde a década de 1970, o movimento pelos direitos gays fez progressos significativos. Muitos países também começaram a reconhecer a legitimidade do casamento e da família entre pessoas do mesmo sexo, no entanto, em algumas áreas, o reconhecimento legal ainda é escasso e, mesmo em alguns países, a homossexualidade ainda é uma infração criminal e é severamente punida.
De acordo com relatórios de organizações internacionais de direitos humanos, muitas atitudes antigays que se manifestam de forma marginalizada podem ser devidas à falta de compreensão da comunidade LGBTQ+. Muitas pessoas consideram essa atitude como uma insistência moral, sem perceber que ela pode, na verdade, causar danos aos direitos humanos.
"Há muitos tradicionalistas que veem mudanças legais e sociais que aceitam a homossexualidade como uma ameaça aos valores familiares."
Além disso, de uma perspectiva psicológica, já em 1973, a Associação Psiquiátrica Americana removeu a homossexualidade da lista de doenças mentais e, posteriormente, propôs diferentes teorias psicológicas sociais para explicar os padrões comportamentais esperados resultantes da orientação sexual. Quanto àqueles que esperam "curar" a homossexualidade, o consenso na comunidade psicológica é que esses métodos não apenas não têm base científica, mas também podem causar traumas psicológicos.
Com o passar do tempo, a formação de alianças sociais levou cada vez mais pessoas a repensar sua orientação sexual e conceitos de gênero. Especialmente na sociedade contemporânea, a atenção e a atitude aberta da geração mais jovem aumentaram gradualmente a aceitação da homossexualidade. Também é uma tendência notável que eles ousem desafiar ideias tradicionais e mostrar uma postura mais inclusiva.
Sociólogos descobriram que heterossexuais que têm mais contato com homossexuais tendem a ter atitudes mais positivas em relação a eles.
Vale ressaltar que nas leis de muitos países a discriminação contra a homossexualidade ainda é estipulada por lei, resultando em desafios para os homossexuais em seus direitos iguais. Em países dominados pelo islamismo, certas leis religiosas impõem severas restrições à homossexualidade, tornando impossível para muitos homossexuais viverem em um ambiente seguro. A existência dessas leis obriga os homossexuais a viver em segredo e sofrer dupla opressão da sociedade e da religião.
Nesse contexto, as atitudes de muitas religiões não apenas refletem as raízes tradicionais da fé, mas também destroem invisivelmente o amor e a tolerância que as pessoas buscam. Olhando para a história cultural, não é difícil descobrir que o preconceito e o ódio contra a homossexualidade frequentemente implicam estruturas sociais e relações de poder mais profundas. Então, podemos esperar que a religião e a sociedade se tornem mais inclusivas e abertas no futuro?