Tatiana de Andrade Jardim

Aspectos subjetivos do morar e trabalhar na mesma comunidade: a realidade vivenciada pelo agente comunitário de saúde

O Agente Comunitario de Saude (ACS) e o elo entre comunidade e sistema de saude no Programa Saude da Familia (PSF), sendo o unico trabalhador que obrigatoriamente reside na comunidade onde trabalha. Seu trabalho e pautado no contato direto, continuo e ininterrupto com a comunidade. Este artigo discute o processo de construcao e manutencao da credibilidade dos agentes nas relacoes com a comunidade e os fatores subjetivos resultantes da congruencia entre morar e trabalhar. Utilizou-se a metodologia proposta em Psicodinâmica do Trabalho, com ACS de Pirituba/SP. Concluiu-se que os agentes vivenciam constrangimentos no trabalho decorrentes de pertencerem a mesma comunidade na qual desempenham seu papel profissional e que o funcionamento do PSF e a precariedade dos demais niveis do sistema de saude sao fonte de sofrimento adicional. Essa porosidade entre trabalhar e morar na mesma comunidade expoe excessivamente os trabalhadores e ha elevada contaminacao do tempo do nao trabalho.

Subjective aspects of living and working within the same community: the realities experienced by community healthcare agents

O Agente Comunitario de Saude (ACS) e o elo entre comunidade e sistema de saude no Programa Saude da Familia (PSF), sendo o unico trabalhador que obrigatoriamente reside na comunidade onde trabalha. Seu trabalho e pautado no contato direto, continuo e ininterrupto com a comunidade. Este artigo discute o processo de construcao e manutencao da credibilidade dos agentes nas relacoes com a comunidade e os fatores subjetivos resultantes da congruencia entre morar e trabalhar. Utilizou-se a metodologia proposta em Psicodinâmica do Trabalho, com ACS de Pirituba/SP. Concluiu-se que os agentes vivenciam constrangimentos no trabalho decorrentes de pertencerem a mesma comunidade na qual desempenham seu papel profissional e que o funcionamento do PSF e a precariedade dos demais niveis do sistema de saude sao fonte de sofrimento adicional. Essa porosidade entre trabalhar e morar na mesma comunidade expoe excessivamente os trabalhadores e ha elevada contaminacao do tempo do nao trabalho.

Interrelationship Between Organizational and Relational Aspects and the Return-to-Work Process: A Case Study with Nursing Professionals at a Teaching Hospital in Brazil

Introduction The process of returning to work, especially for individuals with labor restrictions, impacts work teams and interferes with the labor reinsertion process. In this study, we aimed to understand the impact of these situations on a nursing team from both organizational and relational perspectives. Methods We conducted a qualitative research study at a university hospital in the municipality of São Paulo using three strategies: documentary analysis; semi-structured interviews with pairs of workers returning to a labor situation; and a focus group with nursing managers. Results Medical leaves of absence overburden the employees who remain working. Regarding the return to work, the participants reported both positive and negative aspects. One positive aspect reported was that those who return to work contribute to the division of labor, generating solidarity and cooperation. The negative aspects reported were related to the return of workers with labor restrictions who do not fully resume their activities, consequently generating conflicts within the work teams that interfere with the reintegration processes. The supervisors reported difficulties reorganizing work on a broad scale and assessing the workers’ diagnoses and symptoms and the workers themselves in terms of the necessity of their leaves and the validity of their labor restrictions. Conclusion The organization of labor and social relationships among peers and supervisors is a significant contributor to the success or failure of the work reintegration process and therefore should be considered. We aimed to address this issue by highlighting the complexity of the return-to-work process among health workers.

Aspectos subjetivos de vivir y trabajar en la misma comunidad: la realidad vivida por el agente comunitario de salud

O Agente Comunitario de Saude (ACS) e o elo entre comunidade e sistema de saude no Programa Saude da Familia (PSF), sendo o unico trabalhador que obrigatoriamente reside na comunidade onde trabalha. Seu trabalho e pautado no contato direto, continuo e ininterrupto com a comunidade. Este artigo discute o processo de construcao e manutencao da credibilidade dos agentes nas relacoes com a comunidade e os fatores subjetivos resultantes da congruencia entre morar e trabalhar. Utilizou-se a metodologia proposta em Psicodinâmica do Trabalho, com ACS de Pirituba/SP. Concluiu-se que os agentes vivenciam constrangimentos no trabalho decorrentes de pertencerem a mesma comunidade na qual desempenham seu papel profissional e que o funcionamento do PSF e a precariedade dos demais niveis do sistema de saude sao fonte de sofrimento adicional. Essa porosidade entre trabalhar e morar na mesma comunidade expoe excessivamente os trabalhadores e ha elevada contaminacao do tempo do nao trabalho.