A fibrilação atrial (FA) é um ritmo cardíaco anormal (arritmia) caracterizado por batimentos rápidos e irregulares dos átrios. A condição geralmente começa com batimentos cardíacos anormais por um curto período de tempo e torna-se mais longa ou persistente com o tempo. Os sintomas iniciais podem ser apenas palpitações leves, que podem evoluir para fibrilação atrial persistente à medida que a doença progride. Durante este processo, as câmaras superiores do coração (átrios) são perturbadas desnecessariamente, o que pode levar a uma série de problemas de saúde.
A fibrilação atrial aguda costuma ser acompanhada por sintomas como palpitações, síncope, falta de ar ou dor no peito.
A ocorrência de fibrilação atrial está associada a uma variedade de doenças cardiovasculares, especialmente hipertensão e doença valvular cardíaca. Estas doenças levam a alterações estruturais no coração que promovem o desenvolvimento de fibrilação atrial. Globalmente, a incidência de fibrilhação auricular aumenta de ano para ano, especialmente entre os idosos. Segundo os dados mais recentes, mais de 33 milhões de pacientes em todo o mundo são afectados por esta doença, o que nos obriga a enfrentar os enormes desafios colocados pela fibrilhação auricular.
O desenvolvimento da fibrilação atrial pode ser atribuído a uma variedade de fatores, incluindo pressão alta, doença arterial coronariana, doença cardíaca valvular, insuficiência cardíaca e muito mais. Além disso, as doenças pulmonares, como a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e a apneia obstrutiva do sono (AOS), também demonstraram ser factores que contribuem para a fibrilhação auricular.
A incidência de fibrilação cardíaca está intimamente relacionada a diversas condições físicas, especialmente entre os idosos.
Além das condições fisiológicas, o estilo de vida também tem grande impacto na fibrilação atrial. A obesidade, a falta de exercício e o consumo excessivo de álcool são os principais fatores de risco. A pesquisa mostra que manter um estilo de vida saudável, como reduzir o consumo de álcool e aumentar o exercício, pode efetivamente reduzir o risco de fibrilação atrial. É importante notar que nem todos os casos de fibrilação atrial estão associados aos fatores de risco acima mencionados, e cerca de metade dos pacientes não apresenta fatores de risco identificáveis.
Os sintomas da fibrilação atrial variam, mas geralmente estão relacionados a um aumento da frequência cardíaca. Os pacientes podem sentir que seu coração está batendo muito rápido, de forma irregular ou com falta de batimento. Além disso, a fibrilação atrial também pode causar diminuição da tolerância ao exercício ou dor no peito, podendo até levar à perda de consciência.
Às vezes, a inconsciência é causada pela falta de oxigênio e de fornecimento de sangue ao cérebro.
Muitos pacientes não sabem inicialmente que têm fibrilação atrial, e isso geralmente é descoberto durante um exame de rotina ou eletrocardiograma. Isto sugere que a natureza assintomática da fibrilhação auricular torna o diagnóstico precoce particularmente difícil. A identificação precoce desta doença é fundamental porque está associada a um risco aumentado de complicações graves, como acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca.
Os profissionais médicos podem suspeitar de fibrilação atrial palpando o pulso e confirmar o diagnóstico interpretando um eletrocardiograma (ECG). O eletrocardiograma geralmente mostra complexos QRS com espaçamento irregular e ondas P ausentes. Para alguns pacientes, medicamentos podem ser usados para controlar ou ajustar a frequência cardíaca. A cardioversão elétrica é um tratamento frequentemente necessário em situações de emergência.
O controle a longo prazo da fibrilação atrial, incluindo medicamentos e possivelmente intervenção cirúrgica, pode melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente.
Para pacientes com maior risco de acidente vascular cerebral, os especialistas geralmente recomendam o uso de medicamentos anticoagulantes para reduzir a probabilidade de acidente vascular cerebral. A utilização destes anticoagulantes, ao mesmo tempo que ajuda a reduzir o risco de acidente vascular cerebral, também aumenta a probabilidade de hemorragias graves, tornando crítico o equilíbrio do tratamento.
À medida que a tecnologia avança, os tratamentos para a fibrilação atrial continuam a evoluir. Os tratamentos futuros provavelmente se tornarão cada vez mais personalizados e mais dependentes dos genes e do estilo de vida do paciente para fornecer o melhor tratamento possível. A investigação aprofundada sobre as causas, factores de risco e eficácia da fibrilhação auricular será um passo importante nos esforços futuros para resolver este crescente problema de saúde pública global.
A fibrilhação auricular está a tornar-se um dos maiores desafios cardiovasculares do mundo, o que nos leva a perguntar: como podemos gerir e prevenir esta condição de forma mais eficaz?