Decodificando a encefalopatia hipertensiva: por que seus sintomas são tão graves?

A encefalopatia hipertensiva (EH) é uma disfunção cerebral causada pela pressão alta. Os sintomas dessa condição incluem dores de cabeça, náuseas, dificuldade de equilíbrio e confusão, e geralmente surgem rapidamente. Além desses sintomas mais comuns, as complicações podem incluir convulsões, síndrome de encefalopatia reversível posterior e hemorragias retinianas. A encefalopatia hipertensiva geralmente ocorre quando a pressão arterial excede 200/130 mmHg, mas às vezes pode ocorrer em valores tão baixos quanto 160/100 mmHg. Entretanto, o diagnóstico dessa condição requer a exclusão de outras causas possíveis.

A encefalopatia hipertensiva é uma condição rara, mas grave, que geralmente afeta pacientes com acesso limitado a cuidados médicos.

Sintomas e sua gravidade

A encefalopatia hipertensiva é mais comum em pacientes jovens e de meia-idade com hipertensão. Embora uma certa proporção de pacientes com hipertensão desenvolva esta doença, sua taxa de incidência geral ainda é bastante baixa. Foi relatado que de 0,5% a 15% dos pacientes com hipertensão maligna desenvolverão encefalopatia hipertensiva. Nas últimas décadas, à medida que a detecção e o tratamento da pressão alta melhoraram, a incidência dessa condição diminuiu gradualmente. Os sintomas geralmente se desenvolvem dentro de 12 a 48 horas após um aumento repentino e sustentado da pressão arterial, sendo uma forte dor de cabeça o primeiro sintoma, que ocorre em mais de 75% dos pacientes.

Após o início da dor de cabeça, o paciente pode se sentir inquieto, confuso e com problemas de memória em poucas horas.

Se não forem tratados, esses sintomas neurológicos podem piorar e eventualmente levar ao coma. Outros sintomas mais sérios incluem irritabilidade, náusea, visão turva, convulsões e espasmos nos membros. Alterações na visão, incluindo visão turva, perda do campo hemivisual e daltonismo, são comuns em cerca de um quarto dos pacientes.

Etiologia e mecanismo patológico

A causa da encefalopatia hipertensiva é um aumento repentino da pressão arterial, que pode ser causado por várias situações, como nefrite aguda, epilepsia em mulheres grávidas, crise hipertensiva crônica e interrupção repentina de medicamentos anti-hipertensivos. Além disso, feocromocitoma, doença de Cushing e trombose da artéria renal também podem causar esta doença. O distúrbio do fluxo sanguíneo cerebral causado pela encefalopatia hipertensiva permanece controverso. Normalmente, o fluxo sanguíneo cerebral é mantido por meio de um mecanismo autorregulatório, mas esse mecanismo falha quando a hipertensão é excessiva. Quando a pressão arterial aumenta rapidamente, os vasos sanguíneos cerebrais podem sofrer espasmos, levando à hipóxia e ao edema celular.

O edema cerebral pode ser generalizado ou localizado e pode comprimir os ventrículos e o córtex, causando atraso na visão e na consciência.

Métodos de diagnóstico

O diagnóstico da encefalopatia hipertensiva requer uma variedade de métodos, como exame físico, medição da pressão arterial, exames de sangue, eletrocardiograma, eletroencefalograma, radiografia de tórax, análise de urina e exames de imagem da cabeça. Como o controle da pressão arterial é fundamental, medicamentos anti-hipertensivos são frequentemente administrados enquanto os resultados dos exames laboratoriais estão sendo aguardados. A eletroencefalografia (EEG) pode ser usada para detectar distúrbios de consciência.

Visão geral do tratamento

O objetivo inicial do tratamento de uma crise hipertensiva é reduzir rapidamente a pressão arterial diastólica para aproximadamente 100 a 105 mmHg, geralmente dentro de duas a seis horas, com a redução inicial máxima não excedendo 25% do valor total da pressão arterial. Essa meta de controle da pressão arterial ajudará a tratar gradualmente a vasculopatia necrosante, enquanto o tratamento anti-hipertensivo excessivamente agressivo pode levar a outras complicações, como eventos isquêmicos. O tratamento médico inicial geralmente consiste em medicamentos anti-hipertensivos intravenosos, como nitroprussiato ou labedol, que produzem um efeito terapêutico rápido.

Prognóstico

Se tratadas prontamente, pessoas com encefalopatia hipertensiva geralmente se recuperam sem sequelas. Mas sem uma intervenção rápida, a doença pode levar à morte. Historicamente, a descrição dessa condição remonta ao início do século XX, quando foi proposta pela primeira vez por Oppenheimer e Fishberg em 1928.

Apesar da nossa crescente compreensão da encefalopatia hipertensiva, muitas questões permanecem sobre como identificar e tratar essa condição de forma mais eficaz e precoce?

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