A função endotelial ruim é uma característica comum da doença vascular. Muitos estudos médicos têm apontado claramente que a função endotelial ruim afeta diretamente o fluxo sanguíneo líquido e a saúde cardiovascular, e pode estar relacionada ao desenvolvimento de uma variedade de doenças. As células endoteliais não são apenas a primeira linha de defesa dos vasos sanguíneos, responsáveis por manter a firmeza e a elasticidade dos vasos sanguíneos, mas também desempenham um papel importante na regulação do estresse oxidativo.
A disfunção endotelial é devida principalmente à diminuição da biodisponibilidade do óxido nítrico.
As manifestações dessa disfunção geralmente incluem vasoconstrição, aumento da permeabilidade vascular, trombose e resposta inflamatória. As condições patológicas acima são frequentemente acompanhadas pelo aumento de alguns biomarcadores, como tempo de protrombina, dímero D, fator de von Willebrand, fibrinogênio, produtos de degradação, proteína C-reativa (PCR), ferritina, interleucina-6 (IL-6) e creatinina plasmática.
Juntas, essas mudanças contribuem para a progressão da doença vascular, levando especialistas a investigar intensamente seu potencial de prevenção e tratamento.
Estudos demonstraram que a disfunção endotelial desempenha um papel importante no desenvolvimento da aterosclerose e pode até ocorrer antes que ocorram lesões vasculares. Quando a função endotelial é deficiente, monócitos e macrófagos têm maior probabilidade de se fixar ao revestimento vascular e promover a penetração de lipoproteína de baixa densidade (LDL) na parede vascular.
A lipoproteína de baixa densidade oxidada é uma característica importante da aterosclerose, promovendo a formação de células espumosas, quimiotaxia de monócitos e ativação de plaquetas.
Esses processos acabam levando à desestabilização da placa arterial, aumentando o risco de ruptura dos vasos sanguíneos. Hipertensão e dislipidemia são fatores que levam à disfunção endotelial, e a necessidade de medidas de intervenção eficazes para controlar a pressão arterial e diminuir o LDL está se tornando cada vez mais evidente.
O óxido nítrico (NO) é essencial para manter a saúde vascular e suas funções incluem a inibição da agregação plaquetária, anti-inflamação e redução do estresse oxidativo. Uma característica da disfunção endotelial é a incapacidade das artérias de se dilatarem completamente em resposta a estímulos apropriados, uma condição frequentemente associada à redução da biodisponibilidade de NO.
Em ensaios clínicos, a suplementação de tetrahidrobiopeptídeo (BH4) demonstrou melhorar a função endotelial, mas a questão da oxidação de BH4 em BH2 permanece.
Estudos adicionais descobriram que o uso de diferentes medicamentos, como inibidores da ECA e bloqueadores dos canais de cálcio, pode melhorar efetivamente a função endotelial e reduzir o risco de doenças cardiovasculares.
Existem muitos métodos para examinar a função endotelial, entre os quais a angiografia da artéria coronária, a pletismografia de oclusão venosa e o exame ultrassonográfico dos vasos sanguíneos periféricos são amplamente utilizados. Entre eles, a % Dilatação Mediada por Fluxo (FMD)
é particularmente popular como um método não invasivo para medir a função endotelial.
Testes para função endotelial, como o ensaio do fator de von Wilbrand, também indicam o estado da função endotelial. Por exemplo, o uso de dispositivos médicos como o EndoPAT da Itamar Medical também é uma maneira não invasiva de detectar a função endotelial, que pode refletir a condição fisiológica das artérias coronárias.
A implantação de stents é frequentemente associada à função endotelial prejudicada. Os stents liberadores de fármacos de microesferas apresentam uma baixa taxa de reestenose intra-stent, mas ao mesmo tempo causam deterioração da função endotelial. Essa situação levou a comunidade médica a reexplorar o uso de diferentes medicamentos para melhorar o efeito da recuperação endotelial.
A disfunção endotelial também é uma questão importante na COVID-19; a ocorrência de lesão pulmonar aguda pode estar diretamente relacionada à disfunção endotelial.
Os especialistas geralmente concordam que o tratamento da pressão alta e do colesterol alto pode ajudar a melhorar a função endotelial; efeitos positivos podem ser observados com estatinas (inibidores da HMG-CoA redutase), inibidores da ECA e bloqueadores dos canais de cálcio. Além disso, mudanças no estilo de vida, como parar de fumar, também podem ajudar a melhorar a função endotelial e reduzir ainda mais o risco de eventos cardiovasculares.
Depois de perceber os problemas de saúde causados pela má função endotelial, você começou a prestar atenção à sua saúde cardiovascular?