À medida que a pesquisa científica continua a se aprofundar, o impacto do sono no aprendizado e na memória se torna cada vez mais óbvio. Além de proporcionar ao cérebro o tempo de descanso necessário, foi demonstrado que o sono adequado auxilia na consolidação de memórias de longo prazo. Em particular, o sono de movimento rápido dos olhos (REM) e o sono de ondas lentas desempenham um papel fundamental nesse processo, sendo o primeiro associado à consolidação de memórias não declarativas e o último focando na consolidação de memórias declarativas.
Pesquisas mostram que um sono saudável pode melhorar significativamente o desempenho pós-aprendizagem ao "editar" memórias para encontrar padrões importantes e extrair regras-chave.
O sono de ondas lentas, também conhecido como sono de movimento não rápido dos olhos (NREM), é responsável por consolidar fatos que precisam ser lembrados conscientemente, como datas para a aula de história. Pesquisas mais recentes mostram que uma boa noite de sono permite que as pessoas remodelem suas memórias pela manhã, levando a novas associações criativas. Isso parece explicar por que o desempenho geralmente melhora depois do sono.
A hipótese de "escalonamento sináptico" do sono também destaca o papel importante que o sono desempenha no aprendizado, permitindo que o cérebro armazene informações de forma mais eficiente.
Em geral, uma noite normal de sono consiste em sono NREM e REM alternados, formando um ciclo aproximadamente a cada 90 minutos, com 20 a 30 minutos de sono REM. O sono NREM consiste em quatro estágios do sono, durante os quais o movimento é observável, mas durante o sono REM, o corpo fica quase completamente imóvel.
Os intervalos de sono parecem ser cruciais na aprendizagem de habilidades motoras. Se você não dormir, os ganhos potenciais de desempenho serão comprometidos. A memória procedural, que é um tipo de memória não declarativa, se beneficia muito do sono REM. O estudo mostrou que os indivíduos que realizaram uma tarefa de bater os dedos tiveram um desempenho significativamente melhor após um sono correspondente, e esses resultados mais uma vez confirmaram que o sono REM desempenha um papel significativo na consolidação da memória processual para habilidades motoras.
Portanto, se a privação do sono prejudica o desempenho em tarefas de aprendizagem motora, esse comprometimento da memória se deve principalmente à perda do estágio 2 do sono REM.
A memória declarativa, por sua vez, também se beneficia do sono, mas de uma maneira diferente da memória procedural. Estudos relacionados mostraram que se os indivíduos dormirem depois de aprender pares de palavras, isso pode não apenas prevenir o declínio da memória, mas também consolidá-las efetivamente. Também foi demonstrado que o sono melhora significativamente a resistência a pares de palavras interferentes.
Depois de dormir, há mais insights porque o sono ajuda as pessoas a reanalisar suas memórias. O estudo mostrou que padrões de atividade cerebral semelhantes aos observados durante o aprendizado foram repetidos durante o sono subsequente, mas em um ritmo mais rápido, sugerindo que o cérebro fortalece conexões importantes de memória durante o sono.
A redução da atividade ocorre principalmente durante o sono, o que é um meio importante de prevenir a atividade excessiva.
Diferentes estudos também descobriram que os intervalos para almoço podem ajudar a melhorar a capacidade de aprendizagem. Por exemplo, os indivíduos que receberam sono REM tiveram um desempenho significativamente melhor em tarefas de memória não declarativa do que os indivíduos que experimentaram apenas sono NREM.
Outro estudo descobriu que tarefas procedimentais são melhor lembradas se forem aprendidas antes de dormir, enquanto tarefas declarativas são melhor aprendidas à tarde. Essas descobertas não apenas ajudam a melhorar a eficiência do aprendizado pessoal, mas também apontam o papel fundamental do sono.
A pesquisa eletrofisiológica fornece mais evidências de que os padrões neuronais formados durante o aprendizado ocorrerão novamente no sono de ondas lentas subsequente.
Mais importante ainda, o sono também está intimamente relacionado ao desempenho dos alunos. Um em cada quatro estudantes do ensino médio nos Estados Unidos admite que adormece na aula pelo menos uma vez por semana. Devido ao início precoce das aulas e à pressão acadêmica, muitos alunos sofrem de privação de sono, o que reduz sua eficácia no aprendizado. Algumas escolas estão até considerando ajustar o horário de início do ano letivo para que os alunos possam dormir mais.
Em estudos recentes, certos modos de ensino à distância tiveram um impacto significativo na percepção dos estudantes de enfermagem sobre a qualidade do sono, o que fez muitas universidades perceberem que o sono pode afetar a qualidade do aprendizado e o desempenho mental dos alunos.
Se os alunos dependem apenas de curtos períodos de sono por muito tempo, sua capacidade de aprendizado e desempenho de memória podem ser continuamente afetados e piorar cada vez mais.
Então, quão importante é a qualidade e a quantidade de sono no processo de remodelação da memória e melhoria da capacidade de aprendizagem?