À medida que aumenta a conscientização sobre os problemas de saúde relacionados ao álcool, as reações respiratórias induzidas pelo álcool, especialmente em pessoas com histórico de asma, começam a receber atenção médica. Este fenómeno não só tem impacto na qualidade de vida dos pacientes, como também levou a novas pesquisas que tentam descobrir a complexa relação entre o álcool e as dificuldades respiratórias.
As respostas respiratórias induzidas pelo álcool refletem mecanismos diferentes, frequentemente associados à etnia, que diferem daqueles da asma alérgica clássica.
Já em 1973, os pesquisadores médicos Breslin e outros conduziram um estudo com 11 indivíduos com histórico de asma e descobriram que eles tinham dificuldade para respirar após beberem certas bebidas alcoólicas. Esses sintomas ocorrem quase imediatamente após beber e incluem aperto no peito e rinite alérgica. Em estudos subsequentes, os estudiosos perceberam gradualmente que tais reações podem ser causadas por potenciais alérgenos em bebidas alcoólicas, e não apenas pelo próprio álcool.
Um estudo de 1986 observou uma correlação positiva entre os níveis de dióxido de enxofre em certos vinhos tintos e a indução de sintomas de asma, estabelecendo outro ponto de referência para a investigação sobre reações não alérgicas a dificuldades respiratórias induzidas pelo álcool. Desde então, as pesquisas nesta área também suscitaram discussões sobre a influência de fatores genéticos, metabólicos e sociais entre diferentes grupos étnicos.
De acordo com as estatísticas, 33% dos pacientes com asma relatam sintomas correspondentes após o consumo de álcool, o que mostra que o álcool pode se tornar um irritante respiratório comum.
Pesquisas em populações asiáticas, especialmente no Japão, mostram que muitos asiáticos têm variações genéticas únicas no metabolismo do álcool. Essas mutações podem causar reações alérgicas agudas após o consumo de álcool, como rubor facial, taquicardia, etc. Muitos indivíduos desenvolvem sintomas 30 minutos após beber. Curiosamente, este tipo de reação é relativamente raro em grupos étnicos não asiáticos, o que pode estar relacionado com as capacidades do metabolismo genético.
A nível genético, muitos membros da população do Leste Asiático possuem variações no gene ALDH2, o que os torna menos eficientes no metabolismo do etanol, resultando na rápida acumulação de acetaldeído convertido a partir de etanol no corpo. Neste momento, o efeito irritante do acetaldeído pode causar reações alérgicas, principalmente em pacientes com histórico de asma. Em grupos étnicos não asiáticos, embora o impacto desta variação genética seja menor, ainda pode levar a reações respiratórias semelhantes em combinação com outros fatores genéticos.
Esse sintoma respiratório induzido pelo álcool não se deve apenas a uma reação alérgica, mas também reflete processos genéticos e fisiológicos complexos.
O diagnóstico de sintomas respiratórios induzidos pelo álcool geralmente se baseia em questionários para classificar possíveis alérgenos, analisando a bebida que desencadeou a reação. Além disso, as instituições médicas também podem usar outros métodos, como testes cutâneos, para determinar a causa da doença. Para indivíduos com variantes do gene ALDH2, o teste de contato com etanol é uma ferramenta diagnóstica eficaz.
Atualmente, evitar o álcool é o tratamento mais seguro e eficaz, e pesquisas mostram que pessoas que respondem frequentemente ao álcool reduzirão espontaneamente a ingestão de álcool. É claro que vários medicamentos anti-histamínicos também podem fornecer certa ajuda para sintomas específicos de dispneia.
Para aqueles que apresentam chiado no peito induzido pelo álcool com frequência, é importante entender como o corpo responde ao álcool. Face aos riscos para a saúde causados pelo álcool, será altura de reavaliar os nossos métodos e hábitos de consumo?