No mundo microscópico da vida, o DNA é o modelo que carrega a informação genética. No entanto, essa estrutura sofisticada não é estática. Com o tempo ou devido a influências ambientais externas, o DNA sofre vários tipos de danos que podem ameaçar a função normal das células. Então, como exatamente as células se reparam quando sofrem esse dano?
Existem muitos tipos de danos no DNA, incluindo quebras de fita simples, nucleotídeos ausentes e alterações na estrutura química, todos os quais podem interferir na replicação celular e em seus processos fisiológicos normais.
Danos no DNA geralmente são causados por processos naturais ou fatores ambientais externos. Por exemplo, cada célula do corpo humano gera até 10.000 danos oxidativos por dia, que, se não forem reparados, se acumulam e contribuem para o envelhecimento e outros problemas de saúde. Isso leva à resposta ao dano ao DNA (DDR), um mecanismo de sinalização complexo que detecta danos ao DNA e inicia mecanismos de reparo apropriados.
O DNA reparado pode continuar permitindo que as células se dividam normalmente, mas se o dano for muito grave, a célula pode iniciar a apoptose para se proteger.
Durante o ciclo celular, as células passam por pontos de verificação específicos para garantir que estejam saudáveis antes de entrarem na mitose. Especialmente durante a fase de síntese (fase S), as células são mais sensíveis a danos no DNA. Do ponto de verificação G1 ao ponto de verificação G2, a célula verifica cuidadosamente a integridade do DNA para evitar causar mais danos durante a replicação.
Os mecanismos de reparo desencadeados por danos no DNA podem ser divididos principalmente nas seguintes categorias: reparo por excisão de base, reparo por excisão de nucleotídeo, reparo por recombinação homóloga, etc. Cada caminho de reparo tem sua própria função específica e precisão de reparo. Por exemplo, o reparo por excisão de base pode reparar danos oxidativos sem causar outros danos, enquanto o reparo por excisão de nucleotídeos tem como alvo lesões de DNA maiores e mais complexas.
À medida que envelhecemos, a capacidade de nossas células de se repararem se torna menos eficaz, e é por isso que tendemos a acumular mais danos ao DNA à medida que envelhecemos. O estudo mostrou que, em vários tecidos de camundongos, os níveis estáveis de danos ao DNA aumentaram significativamente em comparação com células jovens, indicando o acúmulo de danos ao DNA com a idade.
O risco de danos ao DNA aumenta muito em casos de inflamação crônica de longo prazo ou influências ambientais, como o alcoolismo. Esses fatores não apenas ameaçam a saúde das células, mas também podem levar à ocorrência de câncer.
Danos ambientais ao DNA, como exposição à luz ultravioleta ou a certos produtos químicos, tendem a resultar em quebras mais graves da fita dupla. Esse tipo de dano não afeta apenas a função de uma única célula, mas o acúmulo a longo prazo também pode afetar toda a população celular e até mesmo causar envelhecimento e patologia do tecido. O reparo celular é a chave, mas, como uma faca de dois gumes, erros no processo de reparo podem facilmente levar a mutações e, por fim, ao câncer.
Comparado ao reparo de recombinação homóloga, o reparo de junção de extremidades não homólogas é outra maneira de lidar com quebras de fita dupla. Embora tenha velocidade de processamento rápida, sua precisão é um tanto quanto deficiente. Portanto, as células que usam esse método de reparo podem correr o risco de extinção se sofrerem outros danos ao DNA ao mesmo tempo. Essa situação reflete a fragilidade da capacidade de autorreparação das células.
Na pesquisa do câncer, quantidades excessivas de danos ao DNA geralmente permitem que as células cancerígenas proliferem, portanto, entender esse processo é fundamental para encontrar novos tratamentos.
Além disso, estudos também mostraram que a ocorrência de danos oxidativos está intimamente relacionada à formação da memória no cérebro. Danos oxidativos no DNA podem afetar a expressão de certos genes nos neurônios, que são ativados ou desativados durante a formação da memória. Portanto, danos ao DNA não são apenas uma ameaça à saúde, mas também podem afetar as funções de aprendizagem e memória.
Nesse processo de reparo aparentemente pequeno, mas de longo alcance, os cientistas estão constantemente explorando como as células reconhecem, respondem e reparam danos ao DNA. Com mais pesquisas no futuro, poderemos entender melhor esse processo vital extremamente importante e fornecer novas ideias para tratamentos antienvelhecimento, anticâncer e saúde cerebral. Como resultado, os danos e o reparo do DNA voltaram a ser o foco da exploração contínua na comunidade científica. No entanto, não podemos deixar de perguntar: até que ponto o potencial dos mecanismos de reparo do DNA pode nos ajudar a superar os desafios da saúde e do envelhecimento?