A doença de Stargardt é a doença monogênica hereditária mais comum da retina, conhecida por sua natureza oculta e características genéticas. Embora muitos pacientes desenvolvam problemas de visão na adolescência, alguns pacientes não apresentam sintomas até a idade adulta, o que atraiu a atenção e a pesquisa da comunidade médica.
A doença de Stargardt é causada principalmente por variantes bialélicas no gene ABCA4 e segue um padrão de herança autossômica recessiva. Além da STGD1, existem algumas doenças semelhantes, como a STGD3 e a STGD4, que estão relacionadas a mutações em outros genes e seu padrão de herança é autossômico dominante.
Essa mutação leva ao mau funcionamento do transportador de cassete de ligação de ATP (ABCA4) envolvido no processo de conversão de luz visual na retina, resultando no acúmulo de derivados tóxicos da vitamina A e causando deficiência visual.
Os sintomas da doença de Stargardt em adultos podem resultar de uma variedade de fatores. Primeiro, a diversidade de combinações genéticas individuais pode levar a diferentes idades de início. Alguns estudos sugerem que certas mutações genéticas podem não se manifestar no início da vida, mas podem demorar até a idade adulta.
Diferentes combinações do gene ABCA4 podem resultar em patologias da doença e idades de início significativamente diferentes. Algumas mutações podem afetar a função da retina, mas não são óbvias nos estágios iniciais, com sintomas se desenvolvendo gradualmente ao longo do tempo.
Além disso, fatores ambientais e estilo de vida também podem afetar a saúde visual do paciente. Se os indivíduos reduzirem sua exposição à luz ultravioleta ou reduzirem a ingestão de vitamina A na dieta, o início dos sintomas pode ser retardado.
Para adultos com doença de Stargardt, os principais sintomas incluem visão turva, pontos cegos no campo visual, sensibilidade à luz e diminuição do reconhecimento de cores. De acordo com relatos, esses sintomas podem começar no início da idade adulta, mas geralmente não são óbvios. Com o tempo, os pacientes sentirão gradualmente a perda da visão.
Atualmente, a pesquisa sobre a doença de Stargardt está em andamento. Alguns tratamentos potenciais incluem terapia genética e terapia com células-tronco. Embora a terapia genética ainda não tenha sido desenvolvida para a doença de Stargardt, alguns estudos sugerem que o tratamento com células-tronco pode ajudar a retardar a deterioração da visão ou até mesmo melhorá-la.
De acordo com um estudo, 94,1% dos pacientes com doença de Stargardt apresentaram visão melhorada ou estável após o uso do tratamento com células-tronco, aumentando as esperanças na comunidade médica para tratamentos futuros.
Embora a doença de Stargardt frequentemente resulte em cegueira legal, a saúde e a expectativa de vida não são significativamente afetadas. Muitos pacientes conseguem manter uma boa qualidade de vida depois de ficarem doentes, e alguns pacientes com início tardio conseguem até mesmo manter uma boa visão por um longo tempo e continuar suas atividades diárias.
ResumoAté o momento, a pesquisa sobre a doença de Stargardt e seu início na idade adulta continua a se aprofundar. Ainda não sabemos por que algumas pessoas desenvolvem sintomas na idade adulta, e esta é uma questão científica que merece mais exploração. Talvez pesquisas futuras revelem como os genes e o ambiente trabalham juntos para influenciar o desenvolvimento desta doença, permitindo-nos entender e tratar melhor a doença de Stargardt?