A imuno-histoquímica (IHQ) é uma técnica de imunocoloração que usa anticorpos para se ligarem especificamente a antígenos (proteínas) e identificar com precisão proteínas específicas em células e tecidos. A técnica foi desenvolvida pela primeira vez por Albert Hewett Coons, Ernest Berlin, Norman Jones e Hugh J. Creech em 1941 e, posteriormente, evoluiu gradualmente para a imuno-histoquímica atual. Com o aprofundamento da pesquisa sobre o câncer e sua ampla aplicação no diagnóstico de células anormais, a imuno-histoquímica se tornou uma ferramenta indispensável na patologia moderna.
A expressão de certos antígenos tumorais em células cancerígenas permite ao laboratório detectar e determinar a presença de câncer. A imuno-histoquímica pode ser usada não apenas para o diagnóstico de câncer, mas também para pesquisas básicas para entender a distribuição e a localização de marcadores e proteínas expressas de forma diferente em diferentes partes dos tecidos biológicos. Essa tecnologia revela a morfologia e o comportamento biológico dos tecidos celulares, permitindo-nos ter uma compreensão mais profunda dos mecanismos do câncer.
A tecnologia de imuno-histoquímica pode mostrar especificamente a distribuição de antígenos nos tecidos, facilitando ainda mais o diagnóstico preciso e o tratamento personalizado de tumores.
A imuno-histoquímica pode ser realizada em tecidos que foram fixados e incluídos em parafina ou em tecidos congelados. O processo de preparação da amostra inclui fixação apropriada, recuperação de antígeno, incubação com anticorpos primários e, em seguida, incubação com anticorpos secundários. Cada etapa da preparação da amostra é crucial, e a fixação e o seccionamento dos tecidos desempenham um papel importante nesse processo.
A maioria das seções de tecido fixadas requer recuperação de antígeno para tornar os epítopos antigênicos acessíveis aos anticorpos. Esse processo envolve aquecimento em alta temperatura e imersão em um tampão que efetivamente desfaz as ligações cruzadas ou o mascaramento causado durante a fixação. A recuperação de antígeno geralmente não é necessária em cortes congelados, mas cortes congelados fixados com acetona ou formaldeído podem se beneficiar deste procedimento.
Os anticorpos usados para detecção podem ser anticorpos policlonais ou anticorpos monoclonais. Os anticorpos policlonais são produzidos pela vacinação de animais para provocar uma resposta imune e normalmente são capazes de reconhecer múltiplos epítopos. Os anticorpos monoclonais, por outro lado, são derivados de uma única célula B e são específicos para um único epítopo. Esses anticorpos podem ser marcados usando métodos diretos ou indiretos, e a técnica de marcação apropriada pode ser selecionada de acordo com as necessidades do experimento.
A imuno-histoquímica é uma excelente técnica de detecção que pode mostrar com precisão a localização de proteínas específicas no tecido testado. Isso levou à sua crescente importância na pesquisa em neurociência, mas sua principal desvantagem é que é impossível provar que os resultados da coloração estão associados à proteína alvo, então os anticorpos precisam ser validados em técnicas como Western blotting. Na patologia clínica, a imuno-histoquímica é amplamente utilizada no diagnóstico imunofenotípico de tumores.
O desenvolvimento desta tecnologia permite aos pesquisadores distinguir facilmente diferentes tipos de tumores, melhorando muito a precisão do diagnóstico.
À medida que a pesquisa sobre o câncer avança, a imuno-histoquímica também está sendo usada para avaliar quais tumores têm maior probabilidade de responder ao tratamento. Ao detectar a presença ou elevação de alvos moleculares, a tecnologia pode ajudar a prever como um paciente responderá a uma terapia específica. Por exemplo, a terapia antiestrogênica pode ser direcionada contra tumores que possuem receptores de estrogênio.
Concluindo, os avanços na imuno-histoquímica não apenas fornecem novas perspectivas para o diagnóstico e tratamento do câncer, mas também abrem novas possibilidades na pesquisa básica. Isso nos permite obter uma compreensão mais profunda da biologia das células e do desenvolvimento de doenças. Com os avanços científicos futuros, isso significa que seremos capazes de desvendar mais segredos do câncer?