O segredo da expansão: qual é a força motriz por trás dos planos de expansão da Trans Mountain?

No contexto atual das mudanças climáticas globais, o plano de expansão do oleoduto Trans Mountain do Canadá não é apenas uma consideração importante na política energética, mas também desencadeou intenso debate social e confronto político. Este projeto controverso não envolve apenas a necessidade de crescimento econômico, mas também está intimamente relacionado aos desafios da proteção ambiental e dos direitos indígenas.

O Sistema de Oleodutos Trans Mountain, ou TMPL para abreviar, foi originalmente estabelecido pelo Parlamento Canadense em 1951 e começou a operar em 1953. Como o único oleoduto conectando Alberta e British Columbia, o papel da TMPL se expandiu ao longo do tempo.

O Canadá começou a discutir a necessidade de um oleoduto já em 1947, quando depósitos significativos de petróleo foram descobertos em Alberta. Na época, a demanda global por produtos petrolíferos estava aumentando, especialmente na Ásia e na Costa Oeste dos Estados Unidos. Com a eclosão da Guerra da Coreia, a construção do TMPL foi considerada estrategicamente importante para reduzir a dependência de navios petroleiros.

Em 2013, Kinder Morgan propôs o plano de expansão Trans Mountain, que aumentaria a capacidade do oleoduto de 300.000 barris por dia para 890.000 barris por dia a um custo estimado de US$ 34 bilhões. O projeto, que deverá estar operacional em maio de 2024, marca um aumento significativo no papel do Canadá no mercado global de energia.

No entanto, um plano de expansão em tão grande escala é naturalmente controverso, não apenas por causa de seu potencial impacto ambiental, mas também porque o planejamento é realizado em muitas terras indígenas sem consulta suficiente.

O impacto ambiental do TMPL se tornou o foco de ataques de todos os lados. Grupos ambientalistas e comunidades indígenas expressaram fortes preocupações sobre o aumento significativo no tráfego de navios-tanque que resultaria da expansão. Eles ressaltam que qualquer vazamento potencial pode causar danos irreversíveis ao ecossistema. Um relatório previu que a expansão aumentaria em sete vezes o risco de transporte de asfalto.

No entanto, os defensores dizem que o projeto criará um grande número de empregos e que o transporte por oleoduto apresenta menor risco de vazamentos do que outros meios de transporte, como o transporte ferroviário de petróleo.

Em 2018, o governo canadense comprou o gasoduto por C$ 4,7 bilhões, criando a Trans Mountain Corporation (TMC) para garantir que o projeto avance.

No entanto, a medida do governo canadense foi criticada como um resgate com dinheiro dos contribuintes. Enquanto isso, vários desafios legais continuam a aumentar, exigindo um exame mais aprofundado dos impactos ambientais da expansão e dos impactos sobre os povos indígenas. Em 2020, uma decisão da Suprema Corte rejeitou recursos de Primeiras Nações e grupos ambientais, uma decisão vista como o fim de uma batalha jurídica de anos.

Mas os desafios enfrentados pelo plano de expansão não param por aí. Muitos governos locais e ambientalistas continuaram realizando comícios e manifestações na tentativa de impedir o avanço do projeto. Eles dizem que a medida ignora as vozes das comunidades locais e a ameaça representada pelas mudanças climáticas para o futuro.

Apesar da forte oposição, o governo canadense demonstrou forte apoio ao plano e prometeu cumprir 157 condições relacionadas à gestão de terras e à segurança do transporte.

Os diálogos e protestos que continuam até hoje sem dúvida tornaram o plano de expansão da Trans Mountain mais complicado. Além dos interesses econômicos, questões de proteção ambiental e justiça social surgiram gradualmente, forçando governos e empresas a repensar como equilibrar a contradição entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental.

À medida que os custos e os desafios da construção aumentam, como tudo isso afetará, em última análise, a estratégia energética do Canadá e sua posição no mercado global?

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