Nos Estados Unidos, os preços dos medicamentos prescritos continuam altos, tornando-os inacessíveis para muitas pessoas. Desde o início do século XXI, esse tópico se tornou foco de ampla discussão, especialmente durante o debate sobre a reforma do sistema de saúde em 2009 e depois de 2015. Estudos mostram que os altos preços dos medicamentos prescritos nos Estados Unidos, em comparação com outros países, são principalmente devidos ao poder de monopólio exercido pelo governo neste setor de saúde. A incapacidade de negociar efetivamente os preços dos medicamentos significa que os contribuintes americanos estão, na verdade, subsidiando pesquisas e desenvolvimento em outros países ao redor do mundo. despesas.
Contexto histórico De acordo com Peter Bach do Sloan Kettering Center for Targeted Cancers e Stephen Pearson do Institute for Clinical and Economic Review em Boston, os medicamentos são a única indústria onde os fabricantes podem definir preços com poucas restrições. Preços dos principais serviços de saúde. Desde 2004, os preços dos medicamentos de marca nos Estados Unidos têm sido significativamente mais altos do que em países com controle de preços, como Canadá, Índia e Reino Unido.Os preços dos medicamentos prescritos nos Estados Unidos são 256% mais altos do que em todos os 32 países de comparação, de acordo com um estudo abrangente de 2021.
Em 2003, a Lei de Melhoria e Modernização de Medicamentos Prescritos do Medicare, aprovada por um Congresso controlado pelos republicanos, criou o Medicare Parte D, um grande sistema de seguro de saúde de pagador único que proíbe o Medicare de negociar preços de medicamentos. Como resultado, os fabricantes de medicamentos nos Estados Unidos são livres para definir seus preços, resultando em flutuações descontroladas de preços para medicamentos prescritos.
De acordo com uma pesquisa de fevereiro de 2019, 86% dos americanos apoiam permitir que o Medicare negocie os preços dos medicamentos. Uma pesquisa semelhante publicada em 2021 também recebeu 81% de apoio, incluindo 67% dos republicanos e 97% dos democratas. Apesar desse apoio, os democratas aprovaram duas vezes projetos de lei para revogar a proibição de negociação, mas eles foram rejeitados no Senado controlado pelos republicanos.
Com a aprovação da Lei de Redução da Inflação de 2022, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA poderá começar a negociar preços de alguns medicamentos prescritos. Essa medida pode representar um avanço no alívio dos preços cada vez mais inflacionados dos medicamentos, mas ainda não se sabe se ela realmente conseguirá reduzir os preços.
O aumento acentuado nos preços dos medicamentos, especialmente no setor de medicamentos especiais, atraiu ampla atenção. A Mylan, por exemplo, aumentou o preço da sua EpiPen em quase 400% entre 2011 e 2016. Apesar da indignação pública, os preços desses medicamentos especiais continuam altos, colocando uma grande pressão financeira sobre muitos pacientes que precisam deles.
"A razão fundamental pela qual os preços dos medicamentos estão subindo é que os fabricantes de medicamentos querem maximizar os lucros."
Os gastos com medicamentos nos Estados Unidos continuam altos, o que representa um fardo não apenas financeiro para os indivíduos, mas também para sua saúde. Muitos pacientes optam por não tomar os medicamentos conforme orientação médica porque não podem pagar os preços altos, o que pode levar a problemas de saúde mais sérios.
Vários estudos mostraram que pacientes afetados pelos altos preços dos medicamentos tendem a pular ou reduzir doses para economizar dinheiro. Pacientes nos Estados Unidos interrompem prescrições em uma taxa mais que o dobro da observada em outros países devido ao preço, o que tem consequências negativas para a saúde.
ResumoEm resumo, os altos preços dos medicamentos nos Estados Unidos são causados por vários fatores, incluindo a falta de regulamentação eficaz de preços, o monopólio de mercado, as patentes de medicamentos e a busca pelo lucro das empresas farmacêuticas. No futuro, como mudar essa situação para que todos possam ter acesso a medicamentos acessíveis será uma questão que valerá a pena refletir.