Vanessa Maurente
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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Informática na educação: teoria & prática | 2009
Vanessa Maurente; Cleci Maraschin
Este artigo apresenta uma estrategia metodologica baseada na producao de imagens fotograficas para estudar a forma como sujeitos experienciam a si mesmos em um determinado contexto politico/institucional. Partimos da nocao foucaultiana de que os sujeitos podem-se reconhecer de diferentes modos em jogos de verdade que dizem respeito a sua condicao de vida. O interesse em estudar esta relacao vem nos lancando em direcao a diferentes metodologias, baseadas na construcao de um campo de estudos em contextos especificos, no presente caso, o da saude mental. No projeto Oficinando em Rede, do qual fazemos parte atualmente, tal construcao se materializa em oficinas tecnologicas que buscam, entre outras coisas, propiciar contextos favoraveis a experiencia de autoria de criancas e adolescentes em tratamento em um centro de saude mental em Porto Alegre. Uma destas oficinas e a de fotografia, onde os jovens sao convidados a produzirem imagens a partir de uma pergunta. A pergunta que temos feito e sobre a forma como eles veem o local. Consideramos que, atraves de propostas como esta, ancoradas por recursos tecnologicos e producao de espacos de autoria, poderemos refletir sobre a experiencia que estes sujeitos fazem de si mesmos na especificidade desse contexto. Neste artigo buscamos situar como chegamos a esta proposicao no que tange a sua parte teorica, ou seja, como aproximamos as nocoes de experiencia de si (FOUCAULT, 2001) e autoria e como a fotografia se constitui como estrategia peculiar nesse encontro.
Informática na educação: teoria & prática | 2011
Vanessa Maurente
Este artigo apresenta uma experiencia de trabalho com oficinas de fotografia dirigidas a equipe de enfermagem de uma unidade infantil e adolescente de um hospital psiquiatrico publico em Porto Alegre. Esta proposta estava vinculada a um projeto maior, no qual todos os trabalhadores e jovens pacientes do hospital foram convidados a participar de oficinas de fotografia. O objetivo da proposta foi criar novas vias de exercicios de autoria a partir da tecnologia fotografica e permitir a re-invencao de sentidos no coletivo. Para tanto, as oficinas foram divididas em quatro etapas: sensibilizacao para a condicao simbolica/autoral da imagem; proposicao de que os sujeitos fotografassem livremente; proposicao de que os sujeitos fotografassem a partir da questao como voce percebe este lugar? e relatos pos-fotograficos. As analises sobre estas quatro etapas indicaram que a fotografia e um objeto hibrido, capaz de ser tomado de diferentes formas, de acordo com o contexto no qual e produzida. A partir disto, foram possiveis discussoes sobre as formas de visibilidade e resistencia ao instituido que fazem parte do cotidiano de trabalho da enfermagem no hospital psiquiatrico.
Informática na educação: teoria & prática | 2011
Vanessa Maurente
Esta tese foi inspirada no desejo de aprofundar modos de pesquisar e intervir atraves da foto- grafia e no reconhecimento das condicoes de possibilidade de construcao de novas praticas no campo da saude mental. Realizou-se no contexto do projeto de pesquisa e extensao Oficinando em Rede – parceria entre Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o Centro Integrado de Atencao Psicossocial para criancas e adolescentes (CIAPS) do Hospital Psiquiatrico Sao Pedro, em Porto Alegre. Tal projeto realiza oficinas tecnologicas – internet, robotica, fotografia e video – junto aos trabalhadores e usuarios do local. Nas oficinas de fotografia, observamos que a entrega de câmeras aos jovens, para que fotografassem livremente, produzindo suas proprias inscricoes, era algo estranho no contexto, pois as praticas discursivas em hospitais psiquiatricos geralmente colocam usuarios em uma posicao de objeto do olhar medico-especializado. Isto se deu em funcao da fotografia manter uma relacao de similaridade perceptiva com a realidade, o que a diferencia de outras praticas artisticas em saude mental, como pintura, escrita e desenho. Por outro lado, se a legitimidade da fotografia e garantida por uma crenca na possibilidade de reproducao do real, os exercicios de autoria muitas vezes ficam invisiveis. Nosso objetivo foi problematizar as vias de exercicios de autoria no âmbito institucional, assim como estudar a experiencia de si de trabalha- dores e jovens em relacao aos discursos e praticas em saude mental. Neste âmbito, formulamos quatro proposicoes para esta tese. A primeira delas, teorica, e baseada nas nocoes de Michel Fou- cault e consiste em estabelecer relacoes entre experiencia de si e exercicios de autoria. A segunda, tambem teorica, busca aprofundar a discussao sobre as peculiaridades da fotografia atraves da teoria de Gilbert Simondon e consiste em analisar os processos de individuacao da fotografia. A terceira, designada como metodologica, e produzir conhecimento acerca da fotografia enquanto estrategia de pesquisa e intervencao. A quarta, empirica, consiste em construir vias de exercicios de autoria atraves de oficinas de fotografia no CIAPS. O trabalho de campo se deu a partir da re- alizacao de oficinas de fotografia dirigidas aos trabalhadores (equipe fixa e terceirizada) e jovens (ambulatorio e internacao) do CIAPS. Elas eram divididas em tres etapas: 1) sensibilizacao para a condicao simbolica da imagem e possibilidade de exercicios de autoria atraves da fotografia; 2) solicitacao de que os sujeitos fotografassem a partir da questao – como voce percebe o CIAPS? – e 3) expressao verbal sobre a experiencia e as imagens. As analises incidiram sobre a forma como a proposta foi recebida, o processo de fotografar, as possibilidades de exercicios de autoria no re- gime no local e as diversas leituras dos sujeitos e pesquisadores acerca das imagens produzidas. As imagens e discussoes abordaram o aprisionamento, as contradicoes nas politicas publicas em saude mental e o questionamento a logica manicomial. A fotografia se mostrou potente nao apenas pela condicao simbolica, que enfatizava exercicios de autoria, mas tambem pelas posicoes iconica e indiciaria, que permitiram analises e discussoes com o comite de etica, trabalhadores e jovens. Em funcao disso, entende-se que a potencialidade de trabalhar com fotografia em pesquisa e in- tervencao reside na construcao de estrategias que abarquem sua complexidade epistemologica.
Informática na educação: teoria & prática | 2009
Nithiane Capella; Cleci Maraschin; Vanessa Maurente; Simone Moschen Rickes; Rafael Diehl
Este artigo aborda uma experiencia de utilizacao de tecnologias digitais na area da saude mental, tendo como foco analisar a construcao compartilhada de um blog por jovens usuarios de um servico. A conversa instituida a partir das postagens, do enderecamento a um coletivo e do acesso uma gama de imagens sao indicadores de facilitacao a uma posicao de autoria.
Psicologia & Sociedade | 2007
Vanessa Maurente; Jaqueline Tittoni
Educação & Realidade | 2008
Vanessa Maurente; Cleci Maraschin; Maria Cristina Villanova Biazus
Archive | 2012
Vanessa Maurente; Rafael Diehl
Archive | 2010
Nithiane Capella Farias; Fúlvia da Silva Spohr; Etiane Araldi; Graziela Pereira Lopes; Raquel Brondísia Panizzi Fernandes; Rafael Diehl; Vanessa Maurente
Archive | 2010
Cleci Maraschin; Nithiane Capella Farias; Fúlvia da Silva Spohr; Etiane Araldi; Graziela Pereira Lopes; Raquel Brondísia Panizzi Fernandes; Rafael Diehl; Vanessa Maurente; Salão de Extensão
Archive | 2009
Nithiane Capella Farias; Kelly Cristina de Oliveira Souza; Vanessa Maurente
Collaboration
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Raquel Brondísia Panizzi Fernandes
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
View shared research outputsMaria Cristina Villanova Biazus
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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